Lembra do Citroën DS3, aquele divertido hot hatch turbinado com 165 cv e transmissão manual de seis marchas? Pois esqueça. Na segunda geração, ele se tornou um utilitário compacto.
Como sinal dos novos tempos, o modelo ganhou o sobrenome Crossback, novas tecnologias de condução e até uma configuração totalmente elétrica (e amiga do meio do ambiente).
O que chama a atenção logo de cara, no entanto, é o design nada convencional, mas em linha com as novas diretrizes estéticas da Citroën e também da DS – agora uma marca independente.
Os faróis de Matrix LED fazem conjunto com as luzes diurnas que “escorrem” pelo para-choque. A grade e capô com vincos dão aparência robusta ao SUV de apenas 4,12 m (o Chery Tiggo 2 tem 4,20 m).
As lanternas avançam e encontram os vincos laterais. Elas ainda têm molduras e uma régua cromada na tampa do porta-malas. As falsas saídas de ar e as ponteiras de escapamento completam o conjunto.
O perfil ainda mantém um traço característico no primeiro DS3: o pilar B em forma de barbatana de tubarão. A carroceria tem dez diferentes cores (além de três para o teto) e dez desenhos para as rodas aro 18.
O SUV usa a plataforma CMP (Common Modular Platform). A estrutura é nada menos que a EMP1, uma variação da EMP2 usada por diversos modelos da PSA – como C4 Picasso, DS7 Crossback e o Peugeot 308.
Ela dá ao utilitário 2,55 m de distância entre-eixos, além de 1,79 m de largura e 1,53 m de altura. E o porta-malas surpreende: 352 litros. A EMP1 também servirá de base para a nova geração do Opel Corsa na Europa.
A cabine é um show à parte, com diferentes tipos de couro em padrão diamante e costuras pespontadas, painel de instrumentos digital personalizável, head-up display e central multimídia com tela de 10,3 polegadas e GPS integrado.
A lista de equipamentos é extensa e contempla dispositivos de direção semiautônoma, como o DS Drive Assist, que monitora com câmeras e radares as condições de direção e atuam na correção da trajetória.
Isso significa que o novo DS3 Crossback consegue esterçar o volante por conta própria caso identifique que o condutor está invadindo a faixa de rolamento ao lado a velocidades de 29 km/h a 180 km/h.
Há ainda o DS Park Pilot, que estaciona o veículo sem a intervenção do motorista. Conectado com os dias atuais, o motorista ainda pode dar partida e destravar as portas pelo celular com o aplicativo MyDS.
Para movimentar o SUV, a marca escolheu um motor três cilindros 1.2 litro a gasolina com diferentes potências: 100 cv, 130 cv e 155 cv. Há também uma opção com quatro cilindros 1.5 diesel para a Europa.
A transmissão é automática de oito velocidades em todos os casos. Segundo a DS, reduz em até 5% o consumo de combustível quando comparado ao câmbio de seis marchas utilizado no antigo DS3.
Em meados de 2019, o DS3 Crossback terá uma opção totalmente elétrica – antes mesmo da versão híbrida. Batizada de E-Tense, a configuração terá 136 cv e 26,1 mkgf de torque.
A novidade terá 300 quilômetros de autonomia e bastarão cinco horas para recarregar as baterias de íons de lítio no assoalho (em 30 minutos já há 80% da carga). Em questões de desempenho, são 8,7 s no zero a 100 km/h.
A primeira aparição em metal e borracha do SUV está marcada para o Salão de Paris, na França, que se realizado neste ano entre os dias 4 e 14 de outubro.