Empresa americana cria releitura futurista do primeiro Porsche 911 Turbo
Criado pela Singer, a releitura do 930 melhora seu visual e traz equipamentos modernos para o clássico de 1980
A Singer, empresa americana especializada em modificar e modernizar os Porsche 911 clássicos, apresentou sua mais nova modificação – e talvez uma das mais difíceis. Os mecânicos da empresa fundada pelo ex-vocalista da banda inglesa Catherine Wheel, Rob Dickinson, decidiram lapidar um Porsche 930 de 1980 – também conhecido como 911 Turbo – que não é lá um galã entre os esportivos clássicos.
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Quem chefiou o “Turbo study”, como ficou chamado o projeto, foi o próprio Dickinson – que também é primo por parte de pai do Bruce Dickinson, do Iron Maiden. Segundo o roqueiro, para melhorar a aparência do primeiro modelo com motor turbo da Porsche, praticamente todas as peças do seu exterior foram alteradas, exceto as portas.
Embora esteja nitidamente diferente, podemos ver que ele preserva as principais características do 911 de 1980. Tem um detalhe importante: o seu chassi, na verdade, pertence ao Porsche 964, modelo que substituiu o 930 em 1989 e é considerado o último 911 clássico.
A Singer teve um cuidado especial com uma das principais características do 930: a asa traseira. A empresa criou um design próprio, mais parecido com os aerofólios que equipavam os primeiros 911 Turbo da década de 70, que não tinham uma caixa em sua base para abrigar o intercooler.
Na versão da Singer, o 930 ganhou um par de intercoolers — mas estes agora estão escondidos, dispensando a antiga caixa — retirados do Porsche 992, a versão mais recente do 911. Todo o ar é puxado pela abertura na frente das rodas traseiras, outra característica marcante do esportivo, mas agora com visual modernizado.
Quanto ao motor, o escolhido para essa releitura foi o Mezger flat-six 3.8 refrigerado a ar, um motor moderno e de competição e que originalmente é refrigerado a água. A Singer converteu ele para a refrigeração a ar, como na época que o esportivo foi lançado. Junto com um turbo original, o 930 da Singer pode ultrapassar os 450 cv, segundo a empresa. A potência até pode ser aumentada por demanda dos compradores.
O câmbio é sempre manual de seis marchas e há opção de tração traseira ou integral. Já na suspensão, a Singer alega que ela foi ajustada para tornar o 930 em um “ótimo GT de alta velocidade”, em vez de focar na aderência.
A Singer não deixou a desejar no quesito conforto e equipou o “Turbo study” com o que há de mais moderno. Madeira, cortiça e granito são os materiais usados no acabamento luxuoso. Já na parte de equipamentos, o 930 pode vir com bancos aquecidos e com ajuste elétrico, controle de cruzeiro, freios ABS, direção hidráulica e controle de tração.
Até agora, 70 pessoas já encomendaram o seu 930 retro-futurista. A empresa só não informa publicamente o preço, mas é possível estimar que o carro vale cerca de U$ 1 milhão (ou R$ 5,24 milhões em cotação atual), tendo por base o preço de outras modificações da Singer.
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