Empresa de David Beckham lança Aston Martin DB6 elétrico de R$ 4,8 milhões
Cupê convertido em elétrico pela Lunaz tem 385 cv e pode passar dos 400 km de autonomia
O ex-craque do futebol David Beckham é um grande entusiasta automotivo. Não foi por acaso que ele investiu na Lunaz, empresa britânica que converte carros ingleses clássicos a eletricidade, modelos que vão do Range Rover aos Rolls-Royce das antigas. O mais recente lançamento da companhia é outro símbolo da história da indústria do país: o Aston Martin DB6.
Baseado sobre o clássico DB5, cupê que ficou famoso por ser o automóvel usado em muitos filmes da série 007, o DB6 se destaca por usar motor mais potente e por ter uma aerodinâmica mais refinada, algo que fica claro pelo uso de uma traseira do tipo Kamm, nome que homenageia o especialista alemão que inventou esse tipo de corte com spoiler, uma solução que vai além da estética e ajuda a grudar o carro no solo, aumentando a aderência.
Em nome da tradição, a dianteira não mudou em relação ao antecessor, enquanto as rodas permaneceram sendo raiadas e com cubo rápido.
Só que o clássico seis cilindros da Aston deu lugar a um motor elétrico da própria Lunaz. Se o DB6 original tinha um seis cilindros 4.0 de 286 cv, potência que chegava aos 330 cv na versão Vantage, o modelo da empresa de Beckham entrega 385 cv e torque capaz de driblar a física, mais ou menos como o craque fazia no ataque. A autonomia não foi anunciada, porém, se levarmos em consideração os demais carros modificados pela Lunaz, podemos esperar por um alcance superior a 400 km.
Por sua vez, a suspensão, freios e sistema de direção foram refeitos, afinal, o projeto derivado do DB5 poderia ter deixado o 007 satisfeito em qualquer perseguição, mas estava longe de chamar atenção em 2023.
A devoção ao mundo ecológico pode não ter mexido na bela carroceria, mas ousou mudar o interior, especialmente no acabamento. Foi-se o belo couro britânico: agora, depois do trabalho da Lunaz, os revestimentos são “verdes”, uma alteração que inclui até os tapetes derivados de redes de pesca recicladas. No demais, mesmo os botões estilo interruptor aeronáutico foram mantidos. Os instrumentos foram trocados para indicar a força demandada e o uso da energia das baterias, no entanto, o estilo geral é o mesmo dos antigos mostradores da Smith.
Embora não seja o carro do espião inglês, o DB6 poderia bem receber itens como esguicho de óleo ou de cortina de fumaça, porém, nos tempos atuais, isso seria antiecológico.
Já o precinho é digno de um supercarro, nada menos do que o equivalente a 1 milhão de dólares, cerca de R$ 4,8 milhões. Caro para um espião, afinal, ele não deixa de ser um funcionário público. Mas é perfeito para um multimilionário ou um jogador de futebol. Ou até para o Rei Charles, uma vez que o monarca tem um DB6 convertido movido a biocombustível.