O segmento das e-bikes é um dos que mais cresce hoje em dia, o que tem levado alguns fabricantes a se unir na hora de fazer um projeto. Algumas parcerias chamam atenção, uma delas é a nova bicicleta elétrica feita pela austríaca Husqvarna, cujo motor é feito pela Yamaha. A Grand Pather 6 é o primeiro modelo voltado ao dia a dia urbano do fabricante, os demais são do tipo mountain bike, mais voltados à aventura offroad.
Não é a primeira empreitada conjunta das duas. Curiosamente, a Husqvarna já produz veículos com motorização da empresa japonesa, no entanto, são cortadores de grama.
A propulsão fica a cargo do motor elétrico Yamaha PW-X3 de 250 Watts e 8,6 kgfm de torque instantâneo. Só para você ter uma ideia, o primeiro Fiat Uno Mille tinha 7,1 kgfm. A marca não afirma qual seria a velocidade máxima atingida. Da mesma maneira, não foi divulgado o tempo de recarga exato ou autonomia da bateria 720 Wh. O que há é uma estimativa de 100 km de alcance.
Com estrutura de alumínio, a Grand Pather 6 pesa apenas 25,7 kg, sendo capaz de levar até 150 kg de carga. Há duas opções de quadro, um dele com barra central elevada, enquanto o outro dispensa a estrutura para adotar o chassi baixo, considerado mais confortável por muitos, pois facilita o ato de subir e descer da bicicleta. Somado a isso, são quatro tamanhos de quadros disponíveis: pequeno, médio, grande extra grande. Só o XL não conta com essa segunda opção. Independentemente de qual seja, todos têm baterias integradas ao conjunto.
Como uma boa bicicleta de uso cotidiano, as rodas são de 28 polegadas. Para lidar com as irregularidades, a roda dianteira tem a suspensão a ar da Suntour, cujo curso chega a 88 mm. Já a roda traseira não tem amortecimento, uma pena.
Os freios a disco são da Shimano, tradicional marca que fornece também a transmissão de dez marchas e seu conjunto de engrenagens traseiras. Embora pareça um sistema tradicional, por ser elétrica, a bike tem uma tecnologia adaptativa de tração que conta com cinco modos de assistência, além de poder se adaptar às condições da via ou de inclinação.
A Yamaha também fornece parte da eletrônica, incluindo o pequeno quadro de instrumentos digital. São várias funções práticas, tais como a conexão por bluetooth e micro USB.
Dito tudo isso, é claro que ela não poderia ser barata, o que é um mal comum no mundo das eBikes. São pedidos 5 mil euros, na verdade, 4.999 euros. Já dá para comprar uma latinha pequena de Coca Cola com esse euro. É cara até quando comparada a um scooter elétrico. Na Europa, o Yamaha Neo sai por 2.999 euros, para citar um exemplo. Mas não tem a grife da Husqvarna.