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Estudante cria transmissão automatizada sem embreagem

Transmissão mais leve promete trocas rápidas sem desperdício de energia

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 out 2020, 15h51 - Publicado em 17 Maio 2017, 17h50
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Transmissão usa dois motores elétricos para eliminar a necessidade de embreagem (Reprodução/Youtube)

O câmbio manual corre sério risco de desaparecer, principalmente em esportivos. Buscar a máxima eficiência de um conjunto mecânico é o grande desafio dos engenheiros. E a embreagem é uma fonte de desperdício de energia enorme.

Mesmo os rápidos câmbios automáticos de dupla embreagem deixam de aproveitar parte da força gerada pelo motor no momento que a embreagem é acoplada. É isso que a tecnologia criada por Dan Dorch, doutorando do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) quer eliminar.

Dan é doutorando em engenharia mecânica e venceu o concurso “Drive it!”, que valoriza ideias que podem trazer benefícios sociais, econômicos e ambientais. Seu projeto é uma transmissão híbrida que substitui a embreagem tradicional – ou o conversor de torque, no caso dos automáticos.

Funciona assim: em vez de usar o atrito, o acoplamento do motor ao câmbio é feito ao travar os dentes de um conjunto de engrenagens. Esta concepção ajuda a reduzir o peso do conjunto. O mais importante, porém, é que ela reduz drasticamente as perdas por atrito. 

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Para funcionar, a transmissão de Dan precisa estar acoplada a dois motores elétricos. O maior faz o carro arrancar, eliminando a necessidade da primeira marcha e da ré, que são as que mais consomem combustível – ao receber essa transmissão, portanto, um veículo à combustão torna-se um híbrido

O motor elétrico menor tem outras funções. Mantém o câmbio sincronizado com as rotações do motor principal para que as trocas de marcha sejam feitas (algo como um punta-tacco elétrico). Mas também pode funcionar como motor de partida e como gerador de eletricidade quando o propulsor a combustão passa a mover o carro.

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O engenheiro garante que controles suficientemente precisos poderiam eliminar até mesmo os cones de atrito dos sincronizadores. Na teoria, este câmbio teria trocas de marcha perfeitamente sincronizadas e sem queda de torque e potência durante as trocas. A redução do peso da transmissão chegaria aos 20%. É o sonho de todos fabricantes de superesportivos. 

Mas se por um lado o sistema projetado por Dan dinamiza o potencial de uma caixa de marchas, por outro ele só poderia ser aplicado em veículos híbridos (preferencialmente com um sistema elétrico de 48 V), de mecânica mais complexa que os a combustão com transmissões convencionais.

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