Black Friday: assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Europa quer ter carros elétricos baratos inspirados em kei cars japoneses

Os chamados kei cars podem ser mais em conta e não atender às novas regras de circulação

Por Julio Cabral
Atualizado em 6 Maio 2024, 17h08 - Publicado em 4 dez 2023, 22h31
Daihatsu
Os chamados kei cars são famosos pelo tamanho diminuto e pela motorização reduzida (Divulgação/Toyota)
Continua após publicidade

A Europa também deseja criar regras específicas para minicarros, uma inspiração que vem dos kei cars japoneses. A ideia partiu da ACEA, a associação de fabricantes automotivos européia, que deseja enquadrar os minicarros em uma categoria mais vantajosa de legislação.

É necessário explicar o que é um kei car. Também chamados de keijidosha, ou carros leves, os modelos têm limitações de tamanho e motorização. A categoria inclui veículos de até 3,4 metros de comprimento – 28 centímetros a menos que um Renault Kwid -, motorização de até 660 cm3 e 64 cv de potência

Com impostos inferiores e, em alguns lugares, menores restrições aos lugares em que podem ser estacionados, os carrinhos se tornaram símbolos do mercado automotivo japonês. No entanto, os incentivos fiscais começaram a diminuir nos últimos dez anos. 

Toyota-Pixis-Van-BEV
Toyota Pixis Van é um pequeno carro de trabalho elétrico (Divulgação/Toyota)

O pleito da ACEA busca suavizar as regras automotivas cada vez mais rígidas dos mercados europeus. Luca de Meo, CEO do grupo Renault e presidente da associação, apresentou um manifesto que busca criar essa nova categoria de automóveis, uma classe que sofreria menos com as restrições de circulação e estacionamento, por exemplo. 

Ao contrário dos japoneses, o foco é a eletrificação. Os pequenos veículos elétricos também teriam incentivos fiscais e pagariam tarifas menores nos pedágios.

Compartilhe essa matéria via:

“Quando você consegue atender certas necessidades específicas como a mobilidade urbana, você tem uma especificação técnica que permite uma bateria muito menor. Você não precisa de 50 ou 60 kWh de bateria, porque isso eleva o preço de um carro elétrico. Porque, quando você olha o uso desses produtos, o que podemos propor é atender exatamente o usuário da coisa, mas sem o custo de um carro que deve fazer tudo”, diz Luca de Meo, que ressalta que aumentar o peso e dimensões dos automóveis apenas eleva o preço deles.  

Continua após a publicidade
Nissan-Sakura-EV-5
Nissan Sakura EV (Divulgação/Nissan)

O executivo ainda lembra que a média de rodagem de um típico motorista europeu é de apenas 30 km por dia, com velocidade média de 26 km/h. “Você não precisa de uma bateria de 100 kWh, o que é, aliás, é meio que um desastre ecológico”.

“Quando olhamos para mercados como o Japão, 40% dos carros são kei cars. Não é porque o Japão é um mercado pobre, é porque eles reconhecem que, em grandes cidades, é melhor dirigir carros pequenos porque eles ocupam muito menos espaço. Assim, eles podem ser mais baratos, pois, se você não vai fazer 130 km/h em rodovias, você não precisa de baterias maiores”, analisa o executivo e chefe da associação. 

A necessidade de incentivos é um ponto importante. Luca de Meo lembra que os segmentos de carros menores deixaram de ser lucrativos, uma vez que eles tiveram que transformar tais modelos em “árvores de Natal”, tirando a competitividade deles e entregando mais do que o consumidor precisa em um carro pequeno. Oferecer incentivos para veículos menores e mais leves poderia ser uma maneira de recuperar a competitividade dos automóveis de acesso.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.