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Europa vai obrigar carros elétricos e híbridos a indicar saúde da bateria

Medida faz parte do Euro 7, que entrará em vigor em novembro e também estabelece um limite para o nível de degradação das baterias

Por João Vitor Ferreira
Atualizado em 27 out 2022, 14h28 - Publicado em 27 out 2022, 11h20
JAC-EJS4
Dificuldades no carregamento foram pontuais e serão corrigidas, garante JAC (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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A Comissão Europeia criou uma série de novas normas para favorecer, principalmente, os clientes que querem um carro eletrificado usado. A partir do próximo dia nove, será apresentada a norma Euro 7, que além de estabelecer novas regras de emissões para a combustão, também obrigará que os novos carros elétricos e híbridos tenham um monitor de degradação da bateria.

O sistema é semelhante ao que já temos em nossos celulares, com o monitor de saúde da bateria, indicando sua vida útil e quanto de sua capacidade ainda está preservada. Isso ainda não é muito difundido no Brasil, mas utilizar a carga rápida é mais danoso às baterias (ou à maioria delas) do que a carga lenta – aquela que normalmente é usada quando o carro é recarregado em casa.

Para efeito de comparação, uma bateria pode perder até 7,5% de sua capacidade total se tiver 22.000 km carregados exclusivamente com recarga rápida. Por outro lado, utilizando a recarga lenta, é possível carregar aproximadamente 30.000 km e perder apenas 1% da autonomia total.

O sistema de monitoramento de degradação é importante para o proprietário saber a hora de fazer a manutenção ou troca da bateria, mas o mais importante será favorecer as pessoas que querem comprar um modelo usado.

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Híbridos e elétricos também são caros na Europa, o que reforça a importância do mercado de usados para que mais pessoas tenham acesso a esses modelos. Porém, comprar um veículo com a bateria em um estágio avançado de degradação pode ser uma bela furada, afinal, uma nova bateria pode facilmente custar mais do que o próprio carro usado.

Computador de bordo mostra quando a bateria está alimentando o motor elétrico e vice-versa

Atualmente, a única forma de saber o quão degradada está a bateria é indo até uma oficina.

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Além do monitoramento, as novas normas também obrigarão que as fabricantes pré-estabeleçam um limite máximo de degradação para as baterias. Ou seja, os modelos deverão informar a porcentagem máxima de carga que a bateria pode perder independente do tipo de carga utilizada. Os valores máximos e mínimos de degradação só serão revelados no em novembro.

Já para os modelos a combustão, o que sabe-se é que a Euro 7 deve ficar menos rigorosa do que era esperado, já que houve fortes reclamações por parte das montadoras.

O que foi revelado pela mídia europeia é que os modelos a combustão deverão ter um monitoramento em tempo real de emissões. Ainda não se sabe ao certo como esse sistema irá funcionar, mas é certeza que os dados serão transmitidos remotamente pelo ar.

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