A função do controle de cruzeiro adaptativo (também conhecido como ACC) é nobre. Também conhecido como “piloto automático”, o recurso é bem prático.
Além de manter a velocidade selecionada pelo motorista, é capaz de se adaptar à velocidade do veículo à frente no trânsito e pode até fazer frenagens, tudo sem intervenção do motorista.
Usando radares, infravermelho, sensores a laser e até um complexo sistema estéreo de câmeras, freia e acelera sozinho. Ao motorista, basta controlar o volante.
Tanta praticidade, porém, vem acompanhada de um custo adicional. E, mesmo quem está disposto a pagar preços de seis dígitos pelos carrões mais modernos (e caros) do mundo, a tecnologia não anda fazendo sucesso por aqui.
Ou seja, nem o brasileiro endinheirado está disposto a pagar para ter.
O Range Rover Evoque tinha ACC (Adaptative Cruise Control) em sua lista de opcionais até a linha 2015.
Depois, de acordo com a Land Rover, houve “um realinhamento das ofertas de opcionais de acordo com os novos desejos do consumidor e este deixou de ser um opcional ofertado”, conforme comunicado oficial.
Outra forma de ler essa declaração é: o ACC não é muito requisitado pelo comprador brasileiro.
A Audi, aliás, utiliza essa justificativa para ter retirado o equipamento da lista de opcionais do A3 Sedan na linha 2017.
O ACC fazia parte do pacote Assistance Plus, disponível para a versão Ambition 2.0, e que incluía ainda farol alto automático, Park Assist e partida sem chave por R$ 15.000.
O Park Assist não foi vitimado apenas no sedã da Audi. O equipamento calcula o tamanho da vaga e move o volante por conta própria em balizas, enquanto o motorista comanda acelerador, freio e câmbio.
No Jeep Renegade, a baixa demanda pelo opcional fez com que fosse tirado do catálogo antes do lançamento do segundo ano/modelo, em 2016. Depois passou a ser ofertado no Jeep Compass como parte do Pack High Tech, de R$ 11.000.
As marcas alegam que o ACC onera os pacotes intermediários (e mais vendidos), mas pesquisas sugerem que os clientes não utilizam o recurso.