Um dos grandes feitos da Ferrari no automobilismo foi ter ocupado todos os lugares do pódio nas 24 Horas de Daytona de 1967. É este grande feito ao qual a nova Ferrari Daytona SP3 faz tributo. Exclusivíssima, é baseada na LaFerrari e terá produção limitada.
Black Friday! Assine a Quatro Rodas a partir de R$ 6,90
Trata-se de mais um carro da série Icona, que também contempla as Monza SP1 e SP2. Na comparação com estes carros, a produção será maior, de 599 unidades. Mesmo assim, todos já estão vendidos por cerca de 2 milhões de euros, ou R$ 12,6 milhões.
Da LaFerrari, sobra algo do formato da carroceria e, principalmente, o motor V12 de 840 cv. O design foi definido com o objetivo de aumentar o rendimento aerodinâmico, com direito a entradas que permitem canalizar o ar para os lugares certos, mas também remetem aos tempos áureos da Ferrari nas competições. Há referências às Ferrari P3/4, P330 e 412P. Já as tomadas de ar embutidas nas portas são inspiradas na Ferrari 512 S.
Há uso extensivo de fibra de carbono na carroceria e no monocoque do carro, e seu teto é do tipo targa, removível. As portas que se abrem para cima e para os lados também são bastante peculiares. Já os faróis com cobertura escamoteável, lembra um detalhe dos velhos supercarros de desapareceu nos atuais por questões de segurança.
A traseira, com lâminas de ponta a ponta também remetem a carros de décadas atrás. Mas a Daytona SP3 tem uma barra de leds que também é iluminada de ponta a ponta. As saídas de escape centrais ficam em posição elevada, acima do que seria, de fato, o para-choque traseiro.
Por dentro, tudo se volta para o motorista. A cabine é minimalista e só o condutor tem visão da tela curva de enormes 16 polegadas do quadro de instrumentos e acesso à grande parte dos comandos. O volante é muito parecido com o da LaFerrari, com um manettino e diversos comandos que, de acordo com a Ferrari, dá acesso a 80% das configurações do carro.
Há detalhes curiosos, como os seletores de marcha com acionadores independentes, a grande quantidade de fibra de carbono exposta e os bancos são fixos e fazem parte da cabine, se integrando no túnel central. Esse design é inspirado nos carros de corrida dos anos 1960 e torna a posição de dirigir mais baixa e reclinada.
Com 4,69 m de comprimento, 2,05 m de largura, meros 1,14 m de altura e 2,65 m de entre-eixos, a Ferrari Daytona SP3 recorre ao conhecido motor V12 6.5 aspirado, em versão de 840 cv e 71,1 kgfm, combinado com um câmbio F1 de dupla embreagem e 7 marchas.
Este motor utiliza bielas de titânio, 40% mais leves que as de aço, e o virabrequim também está mais leve. Ainda houve mudanças nos sistemas de admissão e escape, que tornam este o motor de combustão interna mais potente já feito pela Ferrari. A consequência é um tempo de aceleração de 0 a 100 km/h em 2,85 segundos para a Ferrari Daytona SP3, que pesa 1.485 kg.
A velocidade máxima é de 340 km/h. Além disso, chega aos 200 km/h em apenas 7,4 segundos.