Ferrari Roma Spider estreia no Brasil por R$ 4 milhões e com V8 melhorado
Versão conversível da Ferrari Roma é mais rápida e estreia no Brasil com fila "expressa" em resposta à concorrência no segmento de carros de alto luxo
Há quase 50 anos a Ferrari não lançava um conversível com motor dianteiro. Mas esse é só um dos charmes da nova Ferrari Roma Spider, que acaba de estrear oficialmente no Brasil e parte de R$ 3,95 milhões. No mínimo.
Com motor V8 3.9 turbo, o superesportivo entrega até 620 cv e 77,5 kgfm, capazes de levá-lo de 0 a 100 km/h em apenas 3,4 s. Graças às peculiaridades técnicas e normas ambientais brasileiras, há até mais potência do que o ofertado, por exemplo, nos Estados Unidos. Uma vantagem que a compra da Roma Spider através da concessionária oficial da Ferrari no Brasil inclui.
Outros benefícios são a garantia e assistência especializada e, claro, a vasta possibilidade de personalização, até mesmo do tecido que reveste a capota. Já há cerca de 20 unidades sendo produzidas na Itália com destino ao mercado brasileiro e, para quem reservar uma Roma Spider agora, o prazo de entrega é de seis meses, em média.
“Na Europa e nos EUA, a espera pode chegar a 3 ou 4 anos”, diz Eduardo Alves, gerente de vendas da marca no país. Ainda que o Brasil seja um mercado relativamente pequeno, é, de longe, o mais importante da América do Sul. Logo, é estratégico que as entregas ocorram rapidamente a fim de que os clientes não acabem optando por concorrentes como Lamborghini e Aston Martin, explicou.
A Ferrari Roma Spider
Com design inspirado na Itália dos anos 1950 e 1960, a Ferrari Roma Spider estreou globalmente há cerca de um ano e, desde então, vem chegando às lojas em diferentes países. Em 2024, a expansão inclui, além do nosso mercado, lugares como Filipinas e Austrália.
A versão conversível não teve desempenho diminuído, pelo contrário: o tempo de 0 a 100 km/h é o mesmo, assim como a velocidade máxima superior aos 320 km/h. Mas, no tempo de 0 a 200 km/h, a Spider crava 9,7 s, batendo o cupê de teto fixo por um décimo de segundo.
Aqui, qualquer eletrificação é dispensada. Além disso, o motor V8 recebeu melhorias no bombeamento de óleo que reduzem o tempo de partida a frio em 70% e melhora o fluxo do fluido em rotações médias. O virabrequim plano melhora o tempo de resposta graças à massa rotativa menor.
A transmissão de oito marchas tem uma velocidade a mais em relação a modelos anteriores com o V8 e a dupla embreagem banhada a óleo teve alterações que vão dos lubrificantes utilizados aos softwares que conversam com a unidade de controle do turbo. Entre vários detalhes quase artesanais, também há o coletor de escape feito em peça única que não apenas otimiza o movimento dos gases, mas também garante o som próprio da Spider.
Para garantir que o cupê não fosse descaracterizado (e a performance fosse mantida), os projetistas criaram spoiler traseiro retrátil, com três posições ajustadas que variam automaticamente, conforme o modo de direção e condições dinâmicas.
Com teto aberto, há um pequeno friso no para-brisa que diminui a turbulência e um defletor de acionamento manual: esse é capaz de reduzir a ventania em 30%, inclusive jogando o excesso de vento para a parte de baixo dos dois bancos. Acionado por pistões a gás, o defletor funciona a até 170 km/h. Já a capota, que se recolhe em forma de Z, pode ser acionada a até 60 km/h, levando só 13,5 s para concluir o processo.
Interior
Quem adquire um conversível tende a gostar de ar fresco, que, naturalmente, é mais abundante fora da cidade. Logo, os designers buscaram evocar estilo mais “bucólico” à Roma Spider, inclusive criando tecidos exclusivos à capota. Além de questões aerodinâmicas e acústicas, o revestimento tem opção de acabamento brilhante e duas cores-base, além de quatro cores que criam o tom-sobre-tom.
Traços de modernidade predominam nas DRLs horizontais, que cortam os faróis ao meio, assim como nas entradas de ar que dispensam grades típicas, com furos pintados na cor da carroceria. O capô longo e bem esculpido logo destaca que é ali embaixo que vai o propulsor.
A cabine é pequena e, nesse caso, a inspiração já está nos anos 1970, como perceptível nas chaves de seleção do câmbio. Os painéis são revestidos com fartura, seja em fibra de carbono, suede ou couro. O quadro de instrumentos é digital e, além da central multimídia ao meio, também há uma pequena tela logo à frente do carona, permitindo-o operar funções que vão dos bancos à escolha de rotas ou conteúdo de áudio.