A expectativa em cima da nova Strada era grande, mas nem a Fiat esperava por uma demanda tão grande.
A fabricante diz ter recebido aproximadamente 17.000 pedidos. Considerando os últimos dias de junho (o lançamento foi em 26 de junho), a soma é de 23.000 pedidos.
Se a média de vendas diárias da picape, em 2019, ficou entre 250 e 300 unidades/dia, durante a fase mais aguda do isolamento social caiu para 220 unidades. Após o lançamento da nova geração, porém, as vendas dispararam para 780 unidades/dia.
“É o primeiro mês e as pessoas ainda estão muito impactadas pelo lançamento e pela campanha de lançamento”, disse o diretor da marca Fiat na FCA, Herlander Zola, em conversa com jornalistas.
O detalhe: a produção da picape em julho foi de aproximadamente 6.000 unidades. O resultado é que agora, em Minas Gerais (onde está localizada a fábrica da Strada), a fila de espera é de 60 dias. E o tempo de espera tende a ser maior em outros estados.
Mas a Fiat já se mobiliza para diminuir a espera. Para agosto a produção será aumentada em 50%, para 9.000 unidades e também haverá incremento nos meses seguintes.
Ao mesmo tempo a Fiat espera que a demanda seja normalizada e volte ao crescimento esperado.
“Poderíamos ter feito da Strada o carro mais vendido do Brasil no primeiro mês, se pudéssemos dar conta dessa demanda. A Strada tem potencial para ser o carro mais vendido do Brasil”, completou Zola.
Detrans limitam os emplacamentos
Por conta da pandemia, nem todos os Detrans do Brasil retomaram o atendimento normal e os emplacamentos.
Em julho, o carro mais vendido do Brasil foi o Volkswagen T-Cross, com 10.211 emplacamentos. A Fiat Strada fechou o mês líder entre os comerciais leves, com 6.564 unidades.
Contudo 60% dos emplacamentos foram de unidades da geração anterior da Strada vendidas antes do lançamento da nova. O modelo antigo, que segue à venda na versão Hard Working, representou meros 6% das vendas realizadas em julho.
De acordo com a Fiat, as entregas de unidades da nova geração até o momento giram ao redor de 8.000 unidades, considerando as cerca de 2.500 que já estavam nas concessionárias na ocasião do lançamento.
Voltando aos pedidos, a carroceria com cabine dupla e quatro portas representa metade deles – a Fiat esperava participação de 40%.
Também era de 40% a expectativa de participação da versão topo de linha Volcano nas vendas, mas esta vem estabilizando demanda de 25%. A versão abaixo, Freedom, tem participação entre 20 e 25%, mas quem tem a maior representatividade é a versão de entrada Freedom.
Mas nota-se uma mudança no público da Fiat Strada. Se antes mais de 90% das vendas eram para pessoas jurídicas, agora ficam pouco acima dos 60%. E, de acordo com a Fiat, são os sedãs que estão perdendo clientes para a picape compacta.
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