Fiat Strada: veja o que melhorou (ou piorou) na nova geração
Nova geração da Strada tem avanços importantes e traz mais modernidade ao modelo, mas geração antiga pode deixar saudades nos donos da nova
Quase 25 anos depois do lançamento da primeira Strada, a Fiat enfim revelou uma geração inteiramente nova. Embora a antiga ainda servisse (e continuará servindo) muito bem para o trabalho, a picapinha carecia de modernidade e principalmente, segurança.
Mas você deve estar se perguntando se a nova Strada é realmente tão melhor assim do que a antiga, e para isso, fizemos uma listinha das principais diferenças entre os dois modelos. E principalmente, se vale a troca pela nova.
Bem, a nova Strada melhorou bastante. Mesmo assim pode deixar os donos da antiga com saudades de alguns itens.
Entre os pontos positivos da nova geração, a Strada ganhou itens importantes como ESP e air bags laterais, nunca oferecidos no modelo antigo. A estrutura também é mais moderna, o que se traduz em mais segurança para os ocupantes em caso de acidentes. Segundo a Fiat, a rigidez torcional melhorou 10%.
A outra melhoria óbvia são as quatro portas da versão cabine dupla. Agora a Strada ficou mais parecida com um compacto normal, com uso do banco traseiro facilitado pelas portas convencionais.
A antiga usava uma solução paliativa, com uma porta de abertura invertida, apenas do lado do passageiro. Além disso, o espaço na segunda fileira, diminuto na Strada antiga, cresceu bastante na nova e agora permite um uso mais pleno.
O visual também está mais moderno e a Stradinha ganhou itens “bacanas” como faróis de leds na versão de topo e uma central multimídia própria, ante a com ares de acessório chinês usada na picape antiga.
Além disso, embora a Strada permaneça com os mesmos 4,47 m de comprimento, há mais espaço também na caçamba. A versão cabine dupla pulou de 650 litros para 844 litros de volume. A capacidade de carga, no entanto, permaneceu nos 650 kg.
É na versão com cabine simples, porém, onde o modelo antigo se mostra ligeiramente superior. Na nova geração, a Fiat “uniu” as antigas versões de cabine simples e estendida numa única configuração de carroceria, intermediária entre as duas.
A nova picape leva mais volume e peso do que as duas antigas, com 1.354 litros e 720 kg, e tem cabine maior do que a antiga simples. Mas o espaço interno ainda é cerca de metade do oferecido pela antiga cabine estendida, o que pode fazer a diferença para quem costumava levar mais itens a salvo no interior da picape do que solto na caçamba.
A antiga cabine estendida levava até 685 kg na caçamba, com a simples chegando a 705 kg.
O que a antiga Strada também não tinha era sistema de molas para aliviar o peso da tampa da caçamba. Esse sistema, presente na nova, facilita a abertura e o fechamento do compartimento.
Outro ponto que os donos do modelo antigo podem reclamar está sob o capô. Agora, a Strada mais potente tem 109 cv, extraídos do motor 1.3 litro usado também em Argo e Cronos. A antiga versão de topo Adventure usava um valente 1.8 16v de mais saudáveis 132 cv.
Embora mais antigo, o 1.8 levava a antiga Strada de 0 a 100 km/h em 10,5 segundos, ante 12,4 segundos da nova 1.3, de acordo com dados da montadora. A Strada Volcano até é ligeiramente mais leve do que a antiga Adventure, mas a diferença no desempenho é notável.
Além disso, quem usava a picape em terrenos arenosos poderá sentir falta do Locker, o bloqueio mecânico do diferencial acionado por um botão no painel. Agora, o bloqueio é feito de forma eletrônica, usando os sensores do ESP e os freios. O sistema é engenhoso e funciona, mas pode não ter a mesma efetividade do antigo em situações mais complicadas.
Em todo caso, a nova Strada representa um avanço e tanto para a Fiat, além de marcar o fim (quase) definitivo de todos os modelos ainda baseados na plataforma do primeiro Palio.
O “quase” é porque a Strada antiga continua à venda, como opção de entrada, já longe do prestígio de outrora.
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