Lançada em fevereiro, a picape Fiat Toro foi bem recebida pela imprensa especializada e pelo mercado. Suas vendas decolaram rapidamente e já na primeira semana surgiram alguns casos de ágios sobre os preços sugeridos pela fábrica. A Fiat comemora e já começa a pensar nos próximos passos.
Com esse sucesso, aumentam as chances de a Toro gerar os primeiros filhotes. É bom para aumentar a participação da Fiat no mercado, melhor ainda para diluir os custos de desenvolvimento, que no caso de um carro feito do zero pode custar US$ 1 bilhão.
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O caminho natural seria expandir a gama Toro com produtos derivados da mesma plataforma. O candidato mais óbvio seria uma versão com cabine simples. Diferentemente da configuração atual, esse nova picape seria mais voltada ao trabalho, com destaque para frotistas ou profissionais liberais que precisam transportar carga o tempo todo.
Para isso, ela passaria por duas grandes mudanças. A primeira seria o alongamento da caçamba, que hoje comporta 820 litros de volume (e 1 tonelada de carga nas versões a diesel). Sem os bancos traseiros, esse volume poderia quase ser duplicado. Como comparação, a Strada tem na versão cabine simples um espaço para 1.220 litros, enquanto a dupla leva apenas 680. Ou seja, há a possibilidade de 80% mais de espaço – mas para aumentar o peso suportado, mais modificações seriam necessárias.
A segunda alteração seria na adequação da picape para pegar no batente. Veja o rack que há no teto. Na cabine simples, a capota é muito curta, o que tornariam as duas barras longitudinais pequenas demais, deixando-as sem função e visualmente estranhas. Nesse caso, haveria uma espécie de santantônio que desce do teto e se liga à borda da caçamba. A função desse conjunto não é só estética. Serve tanto para ajudar na amarração da carga como para o usuário apoiar algum material que exceda a caçamba sem perigo de arranhar a pintura. Por isso, a maior parte da peça seria pintada de preto e, provavelmente, revestida de plástico de alta resistência.
Outra possibilidade de aproveitamento da plataforma da Toro – esta mais cara – seria uma versão SUV. Se é verdade que ela cairia bem neste momento, por outro lado haveria um problema de oferta de produto. Hoje o Freemont, importado do México, já ocupa exatamente esse nicho. É verdade que ele é um modelo já defasado e suas vendas andam em baixa faz tempo. No primeiro bimestre de 2016, ele somou só 132 unidades. O Hyundai ix35, de preço e porte equivalente, já vendeu 1.472 carros.