Ford Maverick a etanol passa dos 300 cv e melhora desempenho em 25%
Modificadores americanos adaptaram seu EcoBoost 2.0 para receber etanol E40 e chega próximo dos 330 cv
No Brasil e nos EUA, as versões mais básicas da Ford Maverick têm exatamente a mesma motorização: 2.0 EcoBoost a gasolina de 253 cv e 38,7 kgfm. Podem ser números relevantes a julgar pelo porte da picape — considerada intermediária por aqui e pequena para os padrões norte-americanos — mas uma equipe de modificadores dos EUA descobriu que não é bem assim.
Os números não mentem e, de fato, a potência e torque do motor são realmente esses. Mas em teste realizado pelo Livernois Motorsports a entrega nas rodas foi menor, com o dinamômetro apontando 203 cv e 37,74 kgfm. Claro, que a equipe especializada em Ford e conhecida por modificações no Bronco fez algo para mudar isso.
O trabalho foi bem simples: adaptar o 2.0 EcoBoost para receber etanol, mais precisamente a mistura E40 (40% etanol e 60% gasolina). Isso é bem próximo da gasolina que utilizamos no Brasil — mistura E27 — mas diferente da americana, que é mais pura.
Após a alteração, a Livernois Motorsports conseguiu um ganho de desempenho de aproximadamente 25%. O teste no dinamômetro mostrou uma potência nas rodas de 263 cv e torque de 47,28 kgfm. Considerando que a perda de potência do sistema de tração se mantenha a mesma antes e depois da adaptação, significa que o motor chega a render ao todo 329 cv, um ganho de 76 cv. Tudo isso por apenas U$ 600, ou praticamente R$ 3.000.
No Brasil, a Ford Maverick Lariat 2.0 custa R$ 244.890 e roda exclusivamente com gasolina e ontem (25) a picape ganhou a companhia da versão Hybrid, equipada com motor 2.5 a gasolina combinado com um motor elétrico que rendem até 194 cv.
A modificação americana nos abre margem para imaginar do que ela seria capaz se usasse um etanol mais puro, como o E100 brasileiro ou a mistura E85, usado em lugares mais frios dos EUA e Europa. Para isso, seria necessário trocar a bomba de combustível, já que ela não oferece vazão suficiente para que eles sejam melhor aproveitados, explica a Livernois Motorsports.