“Fórmula 1 elétrica” inicia venda de ingressos para a etapa de São Paulo
Capital paulista receberá, em março de 2023, a primeira corrida da Fórmula E em solo brasileiro — com direito a carros ainda melhores
Principal competição de carros elétricos do mundo, a Fórmula E detalhou, nesta quinta-feira (13), seus planos para a cidade de São Paulo. A primeira corrida da categoria no Brasil ocorrerá no início do ano que vem e os ingressos já estão à venda. Além disso, um contrato para outras quatro edições foi firmado.
O e-Prix — como é chamado o grande prêmio da Fórmula E — de São Paulo acontece no dia 25 de março, no sambódromo do Anhembi. Segundo a prefeitura da capital paulista, o local foi escolhido por questões técnicas; além disso, há a possibilidade de aproveitar parte da estrutura de quando o Anhembi sediava corridas da Fórmula Indy.
“Não há dinheiro novo no investimento da Prefeitura para realização do evento. O que tem da nossa parte é estrutura e logística. Vamos usar a estrutura que foi utilizada na Fórmula Indy”, disse o diretor-presidente da São Paulo Turismo, Gustavo Pires. Segundo o executivo, a expectativa é que o evento gere impacto de US$ 120 milhões na cidade.
Melhor Fórmula E de todas?
O primeiro lote de ingressos para o eP de São Paulo já está à venda, com preços que partem de R$ 187,50 (meia-entrada). Além da corrida, o bilhete dá direito a um pequeno festival que ocorrerá durante a competição. Sempre relacionados a tecnologia e sustentabilidade, os eventos incluem shows ao vivo, arena de videogames e outras opções de entretenimento.
Ao contrário de Interlagos e suas várias arquibancadas, o circuito do Anhembi terá assentos concentrados na reta principal, de modo que todos os lugares permitem ver a linha de chegada. Isso tem a ver com dimensão reduzida das pistas da Fórmula E, que costumam ter comprimento na casa de 2 km por conta da autonomia dos carros.
Sem a variação de altitude do icônico Autódromo de Interlagos, a pista da F-E se destacará por três grandes retas, conectadas por chicanes e curvas fechadas. São elementos ideais para aproveitar o novo regulamento da competição, que estreia na próxima temporada.
Os novos monopostos agora chegam aos 322 km/h e contam com frenagem regenerativa tão forte que os carros não trazem freios hidráulicos traseiros. O motor de 470 cv tem 95% de eficiência — alegadamente o mais eficiente do mundo.
Ao todo, 22 pilotos correrão representando 11 equipes. Entre os brasileiros, há o mineiro Sérgio Sette Câmara defendendo a chinesa NIO 333 e Lucas Di Grassi, pela indiana Mahindra Racing. Di Grassi foi campeão da temporada 2016-17 da Fórmula E e afirmou ter sido quem mais lutou para levar a competição a São Paulo, superando um lobby para que a etapa brasileira ocorresse no Rio de Janeiro ou em Brasília.