GM corta equipamento de seus carros por falta de semicondutores
O problema, que também atinge fábricas da montadora no Brasil, afetará picapes e SUVs produzidos nos Estados Unidos
A falta de semicondutores não é um problema que atinge apenas o Brasil, e muito menos apenas a operação brasileira da General Motors. Nos Estados Unidos, a empresa passou a cortar a função de start-stop em alguns de seus modelos, como picapes e SUVs grandes, para que o ritmo de produção pudesse ser mantido.
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Os modelos afetados são os Chevrolet Tahoe e Suburban, GMC Yukon e Yukon XL, Cadillac Escalade e Escalade ESV todos da linha 2021. O start-stop também estará ausente nas picapes Chevrolet Silverado e GMC Sierra.
“Essa medida nos permitirá continuar a produção de nossos SUVs de alta demanda e picapes, enquanto a indústria continua a se recuperar e se fortalecer”, explica Kevin M. Kelly, gerente sênior de comunicação de produto e marca da GM.
Segundo a fabricante, os veículos afetados serão aqueles produzidos a partir de 7 de junho e que possuem motor V8 com câmbio automático de 10 marchas. O gerente apota ainda que a falta do start-stop acarretará em um discreto aumento no consumo de combustível dos modelos. Os clientes receberão 50 dólares (cerca de R$ 250) de crédito no valor do veículo pela falta da função.
Em nota enviada aos revendedores, a GM anunciou que está fazendo o possível para amenizar os impactos da falta dos chips semicondutores. “Nós pretendemos adicionar o start-stop o mais rápido possível nesses veículos”, diz Kevin M. Kelly.
Aqui no Brasil, a montadora enfrenta o mesmo problema. A fábrica de Gravataí, no Rio Grande do Sul, está com a produção parada desde março e a previsão de retorno é só para o mês de julho. Já a planta de São Caetano do Sul, também parou a produção alegando o mesmo problema.
Em conferência virtual realizada na última terça-feira (8), o presidente da Associação Brasileira de Montadoras de Veículos (Anfavea), Luiz Carlos de Moraes, chamou atenção para a escassez mundial dos semicondutores. Ele também disse que, no Brasil, a previsão de normalização está prevista somente para 2022.