GM fecha fábricas na Colômbia e no Equador e vira importadora
Plantas operavam bem abaixo dos 50% da capacidade máxima de produção; operações da Chevrolet continuarão, mas só por importação
A GM anunciou que fechará duas de suas fábricas na América do Sul. As plantas da Colmotores, na Colômbia, e da OBB, no Equador, terão suas produções encerradas nos próximos meses, porém, a marca continuará atuando no país como importadora.
Na Colômbia, a GM encerrou a produção na última sexta-feira (26). A fábrica produzia o Chevrolet Joy, versão de entrada do Onix da geração passada, que “se mudou” para o Bogotá após o fim da sua produção em São Caetano do Sul, em São Paulo. A montadora operava na Colmotores (Fábrica Colombiana de Motores) desde 1957 e em 1979 se tornou acionista majoritária da planta após adquirir 77,4% dos seus direitos.
Segundo um porta-voz, a GM ainda aguarda a autorização do Ministério do Trabalho para demitir 850 funcionários na fábrica colombiana.
Já na fábrica de Quito, capital do Equador, o processo pode demorar um pouco mais. A montadora manterá a produção da picape Chevrolet D-Max — uma variante do modelo da Isuzu de mesmo nome — até o final de agosto. Com o encerramento dos trabalhos, todos os funcionários da fábrica equatoriana serão dispensados.
A GM não deu detalhes do motivo para o fechamento das fábricas, mas o nível de ociosidade de ambas ultrapassava os 50%. As unidades de Colômbia e Equador operavam com apenas 9% e 13% de sua capacidade total de produção, respectivamente.
“As ações que anunciamos hoje são fundamentais para garantir que estejamos melhor posicionados para oferecer aos nossos clientes os veículos e tecnologias mais avançado”, disse a GM em seu comunicado oficial.
Com o fechamento das fábricas, a GM passa a operar com seis fábricas na América do Sul, sendo apenas uma, a de RosáRio, na Argentina, fora do Brasil. As demais são de São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes e São José dos Campos, em São Paulo, Gravataí, no Rio Grande do Sul, e Joinville, em Santa Catarina.