GM investe US$ 2 bi e irá produzir picape elétrica Nikola Badger
General Motors comprou 11% das ações da empresa e será responsável por produção e venda das picapes
General Motors e Nikola firmaram um acordo de cooperação para produção da Badger, a aguardada picape revolucionária da Nikola. A GM comprou 11% da fabricante de elétricos por nada menos que US$ 2 bilhões, e será a responsável pela produção da picape.
Segundo a Nikola, a união com a GM deverá gerar uma economia de escala da ordem de US$ 4 bilhões nos próximos 10 anos, e mais de US$ 1 bilhão em custos de desenvolvimento e validação.
A Badger vai usar as baterias Ultium da GM, bem como o sistema Hydrotec de célula de combustível a hidrogênio. A GM também cuidará das vendas e marketing para a Badger quando a picape começar a ser produzida em 2022.
Um dos dividendos para a GM será a ampliação da escala de produção do sistema de propulsão a hidrogênio para caminhões de serviço. A tecnologia vem sendo cobiçada por operadores de empresas de transporte e serviços como uma alternativa mais eficiente aos motores a gasolina ou diesel.
Algumas empresas já fizeram pedidos de centenas de unidades, para caminhões de entrega, longa distância e até coleta de lixo.
E se os US$ 2 bilhões investidos pela GM podem parecer muito, eles representam apenas uma fração do valor da Nikola, que bateu os US$ 30 bilhões em junho, ultrapassando até Ford e FCA no mercado de ações.
A compra de parte da Nikola chega a ser surpreendente, já que a GM trabalha em sua própria linha de picapes, que serão vendidas sob a bandeira Hummer. Isso leva a crer que as picapes poderão não concorrer diretamente, com as Hummer sendo ligeiramente menores do que a Badger.
A Badger deverá ter porte próximo ao de uma Ford F-150 e motores elétricos de até poderosos 910 cv. A autonomia pode beirar os 1.000 km na versão a hidrogênio e 500 km na picape movida apenas a bateria.
A picape da Nikola já tem data de apresentação, que ocorrerá de forma pouco ususal. A Badger deverá ser mostrada ao público em dezembro deste ano, num evento chamado Nikola World 2020. Com estrutura semelhante à de um festival de música, o evento terá ingressos vendidos publicamente e atrelados a depósitos de intenção de compra de uma unidade.
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