GMA T.33 Spider é conversível com motor V12 e porta-malas lateral
Conversível segue a mesma proposta e consegue ser tão aerodinâmico e leve quanto a sua versão cupê
Se você já se impressionou com o barulho do motor seis cilindros 4.0 do Porsche 718 GT4 RS, imagine como não é ter um V12 3.9 chegando a 11.100 rpm bem atrás de você. É isso que o novo GMA T.33 Spider promete.
O motor Cosworth é o mesmo de outros modelos da fabricante de Gordon Murray (o pai do McLaren F1), mas no T.33 ele é amansado para produzir 617 cv e 46 kgfm, assim como ocorre na versão cupê. Aliás, mesmo se tratando de um conversível, boa parte do projeto é reaproveitado, mantendo a mesma filosofia de redução de peso e boa aerodinâmica.
Logo, ele mantém exatamente o mesmo chassi e, como consequência, oferece a mesma rigidez torcional. Os painéis em fibra de carbono na carroceria ajudam a não aumentar muito o peso, a despeito dos reforços necessários em conversíveis.
Mas para o renomado projetista isso não foi um problema, já que o resultado final foi um superesportivo de 1.108 kg (o peso de um Ford Ka), apenas 18 kg a mais do que o sua versão cupê. Uma facilidade é que desde o começo do projeto, o T.33 foi pensado para ser um conversível, mesmo que a versão com capota fixa tenha vindo primeiro.
“Desde o primeiro esboço, eu sabia que, com seu cockpit aberto e o incrível motor Cosworth GMA V12 logo atrás de você, o T.33 Spider proporcionaria uma experiência de direção verdadeiramente envolvente e diferente de qualquer outra.”, contou Murray.
Outros pontos semelhantes entre as duas versões do T.33 está na entrada de ar, logo acima dos bancos, que resfria o V12. Além disso, o motor usa as mesmas tampas de cames amarelas do cupê, que foram inspiradas no carro de corrida Ford LM de 1972, também projetado por Gordon Murray.
Ele também tem o mesmo sistema de controle de camadas limites (PBLC), que melhora em cerca de 30% a aerodinâmica do assoalho, fazendo com que a maior parte da força descendente do carro venha da parte inferior. Isso permite excluir o uso de asas, como acontece no cupê, e deu mais liberdade para “se livrar” do teto fixo, já que a aerodinâmica não seria tão prejudicada.
Claro que as duas versões têm suas diferenças no projeto. A parte traseira do pilar A teve que ser reformulada para se adaptar às características de um conversível, ganhando um painel duplo que serve como capota removível e pode ser guardado num compartimento de carga dianteiro de 115 litros. Mas, além disso, Murray desenhou um arco de segurança, que ajuda a proteger os ocupantes em caso de capotamento e é mais aerodinâmico que os designs de arcos duplo mais comuns.
O câmbio também é o mesmo, mas devido a grande procura pelo sistema manual, a GMA decidiu por não oferecer o sistema de trocas instantâneas, no qual borboletas no volante acionam um mecanismo que troca as marchas mecanicamente. Pesando apenas 82 kg, a montadora afirma que essa é a transmissão de supercarro mais leve do mundo.
Por dentro, o T.33 Spider é igual ao cupê, ou seja, sem telas e com comandos analógicos para simular um carro de corrida. A alavanca de câmbio e outras partes feitas em alumínio usinado, enquanto o volante é de fibra de carbono e revestido de couro, tudo para diminuir o peso.
Uma supresa está no compartimento “secreto” localizado logo acima das roda traseiras, que serve mcomo um porta-malas de 180 litros. “Embora ainda seja um supercarro de motor central, eu não aceitaria nenhum compromisso em termos de usabilidade: é por isso que o T.33 Spider é único no setor de supercarros por oferecer armazenamento a bordo e uma capacidade de bagagem de 295 litros”, explicou Murray.
Apenas 100 felizardos – e com muito dinheiro – poderão levar um GMA T.33 Spider para a casa. O preço, segundo a Road & Track, começará na casa de 1,89 milhão de libras, equivalente a cerca de 11,88 milhões de reais. A produção está marcada para começar no final do ano.