Com uma alta de 37% nos últimos 12 meses, maior do que a da gasolina e do etanol, as vantagens econômicas do GNV (Gás Natural Veicular) têm sido colocadas em dúvida. Nas últimas semanas, um novo impulso nos preços fez com que o preço do metro cúbico do gás encostasse no valor cobrado pelo litro do etanol.
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De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os últimos dias 8 e 14 de maio, o preço médio nacional cobrado pelo metro cúbico (m³) do GNV chegou a R$ 5,265. Como comparação, o litro do etanol, durante o mesmo período, foi de R$ 5,323.
Em maio de 2021, o GNV tinha o preço médio, segundo a ANP, de R$ 3,834, contra R$ 4,250 do etanol.
Ainda segundo as médias obtidas pela agência no período citado, o Distrito Federal aparece como o estado em que o gás é vendido pelo maior valor: em média, R$ 6,955 o metro cúbico. Por outro lado, o Mato Grosso, com média de R$ 3,190, tem o GNV mais barato do país. São Paulo aparece com a média de R$ 5,090, enquanto o Rio de Janeiro vende o gás a R$ 5,390.
Assim como nos demais combustíveis, a Petrobrás justifica a alta no GNV pela cotação internacional do petróleo e pela influência do câmbio.
Ainda é vantajoso usar GNV?
Apesar do valor praticamente empatado com o do etanol, o GNV ainda promete vantagens – mas que precisam ser colocadas na balança ao considerarmos que a conversão de um veículo pode custar entre R$ 4.000 e R$ 9.000.
Uma das promessas é o consumo, menor do que o do etanol – o que também dependerá da forma de condução do motorista. Além disso, no Rio de Janeiro e no Paraná, carros abastecidos a gás natural têm desconto no IPVA, que podem chegar a 75% do valor.