Gol Last Edition: série de despedida já é anunciada por mais de R$ 156.000
Quem quiser um dos 650 carros que ficaram no Brasil ainda pode comprar, mas lojas cobram até 63% a mais que os R$ 95.990 pedidos originalmente pela VW
O Brasil completará, nesta sexta-feira (30), uma semana sem produzir o carro mais popular do país. Após 42 anos, o Volkswagen Gol se despediu com a série Last Edition, que teve 1000 unidades produzidas – destas, 650 ficaram no mercado nacional e já foram vendidas. Mas ainda há chances de ter um exemplar na garagem, desde que você esteja disposto a pagar até 56% mais caro.
Isso porque, como era de se esperar, nem todas as unidades do Gol Last Edition foram vendidas para pessoas físicas, como colecionadores ou amantes do Gol. Algumas dezenas foram parar nas mãos de lojistas espalhados por todo o país (independentes ou da própria marca), que agora cobram muito além dos R$ 95.990 pedidos pela Volkswagen pela exclusividade.
Em uma busca por plataformas de vendas online, encontramos unidades da série derradeira a partir de R$ 115.000 – ou seja, 19% a mais do que o valor original do modelo. A média fica por volta dos R$ 140.000, enquanto exemplares mais caros chegam aos R$ 156.500, preço 63% maior.
Os exemplares do último Gol chegam a ser mais caros que a unidade 42 (em referência aos 42 anos de história do Gol), leiloada online e vendida através de um NFT por R$ 154.000. Com exceção deste exemplar, as 648 demais (já que uma é a leiloada e outra ficará no acervo da Volkswagen) foram vendidas em 30 minutos.
Todas as unidades do Gol Last Edition têm exatamente o mesmo conjunto mecânico e visual. Na aparência, o hatch ganha (pela primeira e única vez) pintura na cor vermelho Sunset, a mesma de Nivus e T-Cross. Ele recebe ainda rodas pretas, uma faixa preta na traseira em alusão aos modelos mais antigos e um logotipo lateral que remete à famosa roda orbital.
A mecânica do modelo tem uma especificidade para o mercado brasileiro: aqui, o último Gol é sempre equipado com motor 1.0 aspirado de 84 cv e 10,3 kgfm, uma limitação pelas regras de emissões que entraram em vigor no início de 2022. Assim, o motor 1.6 de 101 cv só está presente nas unidades para exportação, como para Colômbia, Argentina, Uruguai, Peru, Paraguai e Bolívia.