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Grandes Brasileiros: Chevrolet Amazona, a Suburban brasileira

Com porte avantajado e resistência para encarar maus caminhos, a perua GM trabalhava na cidade e no campo

Por Fabiano Pereira
Atualizado em 29 ago 2020, 16h27 - Publicado em 28 nov 2017, 17h28
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  • Chevrolet Amazona
    Versão nacional da Suburban, ela seria substituída pela Veraneio (Christian Castanho/Quatro Rodas)
    Chevrolet Amazona
    Versão nacional da Suburban, ela seria substituída pela Veraneio (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Com 82 anos de história, a Chevrolet Suburban americana é o carro há mais tempo em produção no mundo. Embora pouco conhecida no Brasil, ela chegou a ter uma versão nacional, que seria a antecessora da Veraneio.

    Lançada no fim de 1959, a Amazona (sem “s”, o feminino de cavaleiro) derivava da 3100, conhecida como Chevrolet Brasil, a picape que marcou a nacionalização dos produtos da General Motors, com diferenças em relação ao modelo americano.

    Um dos diretores do Chevrolet Clube do Brasil de Carros Antigos, o colecionador Jerônimo Ardito afirma que a Brasil era derivada da terceira geração americana, que durou até 1954, mas com a cabine e os para-lamas parecidos com os da 3100 “Martha Rocha” de 1955.

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    É dessa receita nacional que deriva a Amazona, feita para as demandas do campo, como a Brasil, mas da cidade também. Pelo vocabulário da época, era uma camioneta ou camionete.

    Chevrolet Amazona
    Apenas a parte de baixo datraseira dava acesso ao porta-malas: o vidro era fixo (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Com três filas de bancos revestidos de plástico, levava oito pessoas ou, sem os bancos de trás, até 650 kg de carga. Só o lado do passageiro dava acesso aos assentos traseiros, por uma terceira porta. A tampa do porta-malas abria da linha da cintura para baixo, como na maioria das picapes.

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    Na primeira QUATRO RODAS, em agosto de 1960, a Amazona foi o primeiro anúncio da GM na revista, como veículo escolar.

    Chevrolet Amazona
    Atrás iam cinco passageiros ou, sem os bancos, até 650 kg de carga (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Na linha 1963, os faróis simples foram trocados por duplos e os elementos em V que pareciam formar duas asas sobre a grade deram lugar a uma barra que incluía os piscas nas pontas.

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    A mecânica era velha conhecida entre os Chevrolet, um motor de seis cilindros em linha com 142 cv com câmbio manual de três velocidades. A Amazona ainda foi o primeiro modelo da GM testado pela revista, em maio de 1963, e o primeiro derivado de picape avaliado por ela – antes de um teste com picape.

    Chevrolet Amazona
    O motor era um seis-cilindros de 142 cv (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Na reportagem foram registradas queixas como a trepidação do volante, grande oscilação em estradas de terra, freio de mão acionado mesmo com a alavanca abaixada, pintura dos para-lamas traseiros que não resistia tão bem às pedrinhas lançadas pelas rodas da frente, borracha da tampa traseira deslocada, qualidade das fechaduras, dureza da abertura das janelas e infiltrações de água e pó.

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    O espaço e o acabamento dos assentos, com ajustes de seis posições longitudinais, agradavam. A partida era feita por um botão junto ao acelerador. Mesmo sem assistência hidráulica, era fácil manobrar a perua.

    Chevrolet Amazona
    Câmbio na direção permitia o uso de banco dianteiro inteiriço (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    “Não obstante as proporções da Amazona, a direção é leve: tem-se a impressão de que se conduz um veículo de passeio”, elogiava a revista, que ainda considerava seu consumo muito razoável e a aceleração boa, “graças à excelência do motor e da transmissão”.

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    No estojo de ferramentas vinha até uma prática bomba para enchimento dos pneus. Opcional atraente era a tração positiva, sistema de diferencial autoblocante.

    A perua das fotos abaixo foi comprada em Sorocaba (SP). Foi de um único dono. “Apesar de rusticidade, ela deu bastante trabalho na funilaria e pintura por causa do tamanho”, diz o dono atual. As bordas do teto estavam podres. Pelo menos, a mecânica é bem conhecida.

    Chevrolet Amazona
    Acabamento ganhou destaque na restauração deste exemplar (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Até 1963, foram produzidas 2.626 Amazona. Em 1964, a C-1416, mais tarde chamada de Veraneio, tirou o modelo de linha, mas manteve aqui por mais 30 anos uma linhagem que hoje prossegue com a recordista Suburban.

    Ficha técnica – Chevrolet Amazona

    Teste QUATRO RODAS – maio de 1963

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