A BYD está preparando uma série de lançamentos para o Brasil e é claro que sua rival e conterrânea, GWM, não ficaria para trás. A montadora com sede em Baoding, na China, confirmou a chegada de dois novos modelos: os Tank 300 e 400. Uma terceira variante, a 700, também está no horizonte da marca.
A introdução da marca Tank no Brasil já era esperada há algum tempo, porém ainda não sabíamos quais seriam os modelos. A Tank é uma marca focada em SUVs off-road de grande porte e os dois modelos confirmados para o nosso mercado são os de entrada.
Começando pelo Tank 300, que não é bem uma novidade: o modelo já roda em testes por aqui desde 2022 e uma unidade desembarcou no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), no início do mês de abril. O mais provável é que esse seja um modelo já adaptado ao Brasil, sendo mais próximo mecanicamente das unidades que serão vendidas em breve.
Parrudo, o Tank 300 tem 4,76 m de comprimento, 1,93 m de largura, 1,90 m de altura e 2,75 m de entre-eixos. Tem ângulo de ataque de 33°, 34° de ângulo de saída e a altura livre do solo é de 22,4 cm. Ao todo, o jipão pesa 2.200 kg.
Para desbancar os motores turbodiesel dos rivais, o Tank 300 tem mecânica híbrida convencional (HEV), combinando o motor 2.0 turbo a gasolina de 245 cv a um elétrico de 106 cv (alimentado por uma bateria de 1,75 kWh) e, juntos, entregam até 341 cv e torque de 64,7 kgfm.
A transmissão é automática de nove marchas e a tração 4X4 tem reduzida e bloqueio de diferencial traseiro e dianteiro, que melhoram a condução em pisos de baixa aderência.
Acima dele teremos o Tank 400, que por sua vez é praticamente uma versão SUV da picape Poer, também confirmada ao Brasil. Logo, ele traz uma mecânica híbrida plug-in com motor 2.0 turbo a gasolina de ciclo Miller e outros dois motores elétricos, que juntos entregam 405 cv e 76,5 kgfm.
Um detalhe interessante é que ambos os motores elétricos também são montados na dianteira, ou seja, a tração nas rodas traseiras é feita por meio de um eixo cardã, e não pelos motores, como é comum em carros híbridos. Assim como no irmão menor, a transmissão também é automática de nove marchas e há bloqueio dos diferenciais dianteiro e traseiro.
A bateria que alimenta o sistema tem 35,1 kWh e garante um alcance elétrico próximo dos 100 km pelo ciclo WLTC, enquanto o consumo médio de combustível é de 10 km/l. Parece pouco, mas é bastante se levar em conta que o SUV pesa quase 2.800 kg e tem 4,99 m de comprimento, 1,96 m de largura, 1,90 m de altura e 2,85 m de entre-eixos.
O tamanho também parece não afetar nenhum dos dois quando o assunto é aceleração. O Tank 300 leva apenas 8,1 segundos para ir de 0 a 100 km/h, enquanto o irmão maior demora 6,9 segundos para atingir a mesma velocidade.
Os dois têm chassis de longarina, sendo o do Tank 400 o mesmo da picape Poer. Em comum, eles também trazem uma lista completa de equipamentos, incluindo pacote ADAS.
No visual, nenhum deles esconde a vocação para o off-road. Mas o Tank 300 tem um estilo mais clássico, com faróis arredondados como nos antigos Jeep. Enquanto isso, o Tank 400 tem faróis afilados e um estilo de carroceria menos quadrado, que lembra mais o Toyota SW4. O estepe preso no porta-malas é um detalhe presente em ambos.
Por enquanto não há uma data cravada para a chegada da dupla, mas é provável que ocorra em algum momento entre o final desde ano e o início de 2025. A GWM também está estudando a possibilidade de o Tank 700 vir ao Brasil, o irmão ainda maior e mais luxuoso. Porém, ainda realizará clínicas para bater o martelo.