O conceito Toyota IMV se tornou uma picape de produção. A Toyota Hilux Champ estreia na Tailândia mantendo o caráter e muito do design do conceito: é uma picape barata, simples e extremamente funcional com três opções de mecânica e diversas possibilidades de personalização.
A Hilux Champ, foi desenvolvido e será produzido na Tailândia (mas também poderá ganhar produção na Argentina) muito por conta da popularidade das picapes por lá. Apenas a Toyota vendeu 145.435 unidades de Hilux lá em 2022, cerca de 17% do mercado total. O veículo chega para dar a Toyota conquistar ainda mais espaço no mercado tailandês.
O preço é um dos maiores argumentos. Na Tailândia, a Toyota Hilux Champ chega a custar a metade do preço de uma Fiat Strada 1.0 turbo: parte dos US$ 13.065, cerca de R$ 64.000 na cotação atual. A versão mais cara tem motor diesel e custa US$ 16.425, o equivalente a R$ 80.500.
Agora falando sobre a picape, por fora ela parece idêntica ao modelo conceito. Na verdade, o que tem da Hilux é o chassi, pois o visual mantém a dianteira com grade em aço e laterais de plástico com visual inspirado no Toyota Land Cruiser, além dos faróis halógenos (LEDs são opcionais) e do pára-brisa plano, alguns dos segredos do baixo custo, junto com o minúsculo vidro traseiro.
Na caçamba, os engenheiros da Toyota adicionaram furos para parafusos em diversos locais, para que futuros proprietários possam personalizar o veículo de variadas formas. A Toyota Motor Tailândia mencionou que existem mais de 100 fabricantes de acessórios que podem transformar a Hilux Champ na “picape dos seus sonhos”.
Como ja mostrado por Quatro Rodas, uma das interessantes características da nova picape da empresa japonesa está em sua personalização. Durante o Salão de Tóquio deste ano, a Toyota mostrou diversas opções de estilos para o conceito IMV, indo desde um carro de bombeiros até uma versão off-road.
Apesar das diversas opções de modificações, todas as versões da nova picape da Toyota disponíveis na Tailândia têm a mesma cabine simples, com duas portas e apenas dois lugares. O interior é o mais básico possível, como o exterior. A cabine possui detalhes em laranja em contraste ao plástico escuro.
Não há central multimídia, sendo o painel de instrumentos a única fonte de informação para o motorista. As únicas características que podem ser observadas são de um “ventilador”, já que não há ar-condicionado de série, dois porta copos, uma tomada elétrica, vidros elétricos e alguns compartimentos de armazenamento. É tão “pé de boi” que só tem parassol para o motorista e a coluna não tem acabamento interno.
A picape está disponível em duas especificações de tamanho. A primeira, mais curta, tem 4,9 m de comprimento e a segunda já está na casa dos 5,3 m de comprimento.
A motorização já é um pouco mais bem planejada, com 3 variações, sendo elas: um 2.0 aspirado a gasolina, 2.7 aspirado a gasolina e um 2.4 turbodiesel, fechando as configurações. A versão mais básica gera 137 cv e 18,6 kgfm. A segunda, com motor 2.7, é a mais potente com 164 cv e 24,9 kgfm. A última e única a diesel gera 148 cv de potência e tem o maior torque entre todas de 34,9 kgfm.
O motor 2.0 básico é acoplado exclusivamente a câmbio manual de 5 velocidades. As outras duas opções estão disponíveis com câmbio automático de 6 marchas. Todas as versões são de tração traseira, ou seja, não há opção 4×4 – pelo menos não disponível na Tailândia.
Ainda não se sabe em quais mercados a Toyota irá levar a sua nova picape, mas o maior foco para a nova Hilux Champ será em mercados emergentes. A produção também pode se estender para a África do Sul, de onde seria exportada para países africanos e árabes.
Já a América Latina receberia unidades fabricadas junto com a Hilux convencional em Zárate, na Argentina. Este novo modelo pode se tornar a melhor opção para empresas e proprietários de pequenos negócios que buscam um veículo versátil e confiável para suas necessidades diárias. Melhor até do que a Hilux com cabine simples.