0 a 100 km/h em apenas 2,2 segundos e velocidade máxima de 350 km/h – o desempenho parece o de um modelo de competição. Mas, trata-se de um carro movido 100% a hidrogênio chamado XP-1 que deve chegar em 2022 e será limitado a 300 unidades.
A fabricante Hyperion Motors trabalhou no superesportivo por 10 anos e podemos dizer que a espera valeu à pena. O modelo tem autonomia de 1.600 km com uma carga de hidrôgenio, seu chassi é feito de titânio e fibra de carbono, e seu peso é relativamente baixo, apenas 1.031 kg.
O XP-1 conta com tração nas quatro rodas, transmissão de três marchas e carroceria com elementos aerodinâmicos ativos que funcionam como painéis solares.
Auxiliam tanto no contorno das curvas, como podem se articular para seguir a trajetória do sol para conversão da luz solar em energia elétrica.
O design acaba nos remetendo ao visual do Bugatti devido as linhas arredondadas, seus faróis horizontais estreitos em led e a grande tomada de ar na dianteira.
As portas do modelo abrem-se deslizando para cima e o habitáculo é de vidro, com disposição de luzes a escolha dos ocupantes.
Os escapamentos são de cilindro duplo, mas ao invés de fumaça tudo o que sai deles é vapor d’água. A fabricante afirma que a intenção de lançar o XP-1 é em parte para promover uma infraestrutura de energia de hidrogênio.
Por dentro, o visual futurista tem acabamento em fibra de carbono, titânio e couro costurado a mão. A tela de 98 polegadas toma todo o painel do superesportivo, que possui tecnologia de controle por meio gestos.
A empresa não revelou as especificações técnicas do motor do protótipo, mas informou que o modelo conta com uma célula de combustível a base de troca de prótons, sistema de armazenamento de hidrogênio, ultra-capacitor, motores elétricos, tração integral, suspensão independente com estrutura em alumínio e regulagem hidráulica, e transmissão com três velocidades.
A marca norte-americana planeja construir uma rede de postos de hidrogênio semelhantes aos superchargers feitos pela Tesla. “As pessoas apenas esperam que o futuro seja melhor, mas não será, a menos que você faça algo a respeito agora”, diz Angelo Kafantaris, CEO da companhia.
“O hidrogênio traz todos os benefícios da energia elétrica com peso menor”, afirma Kafantaris. “Criar hidrogênio é mais verde do que fazer baterias. Você pode fazer hidrogênio a partir do excesso de energia solar da rede”, diz o executivo.
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