A Hyundai revelou o Kona, mais um integrante para a sua já populosa linha de SUVs. O modelo, no entanto, chega com a premissa de não ser mais do mesmo, inaugurando as novas (e ousadas) linguagens visual e tecnológica da marca. Para o mercado sul-coreano, o Kona chega ainda neste mês de junho – em seguida será a vez de Europa e América do Norte. No entanto, não espere por ele tão cedo no Brasil.
O primeiro contato visual com o Kona pode chocar, afinal, seus traços fogem completamente do convencional. A dianteira abusa da tendência de faróis separados em dois ou mais pares, como nos últimos lançamentos da Citroën, no Nissan Juke e no Jeep Cherokee.
No Hyundai, porém, há uma grande profusão de vincos e aberturas – como a pequena abertura horizontal logo acima da grade e o conjunto ótico dividido em três grupos distintos (incluindo faróis auxiliares abaixo da grade).
A traseira repete o tema da dianteira, com as lanternas divididas. Na parte de cima, ficam as luzes de freio e posição. Na de baixo, as luzes de direção e ré. Outro aspecto incomum está nas porções plásticas nos para-choques, nos paralamas e envolvendo parte dos conjuntos de iluminação.
O teto poderá ter cores contrastantes com a carroceria, enquanto as rodas também variarão de tamanho e desenho de acordo com as versões. A das imagens tem 19 polegadas.
O interior é bem menos ousado que o visual externo, mantendo um layout simples mas organizado que é característica da marca. Em termos de conteúdo, porém, ele traz novidades interessantes, como um head-up display e sistema de carregamento sem fio para celulares.
O sistema multimídia com câmera de ré, Android Auto e Apple CarPlay pode ter 5, 7 ou 8 polegadas, variando de acordo com as versões de acabamento.
O foco em sistemas de segurança e assistência ao motorista inclui alerta de colisão frontal com frenagem automática, assistente para mudanças involuntárias de faixa, monitoramento de atenção do motorista, faróis full led com facho alto automático, detector de veículos em pontos cegos e alerta de colisão de tráfego cruzado.
A tecnologia continua na construção do modelo, feito a partir de uma plataforma inédita que privilegia espaço interno, tanto para os ocupantes (que não sofrem com o diminuto túnel central na traseira), quanto para as bagagens, mesmo com opção de tração integral.
Além do layout otimizado, a plataforma conta ainda com um avançado método de dispersão de energia em impactos, que transfere as cargas para diversas outras estruturas próximas.
Para deixar o Kona mais leve, rígido e seguro, a Hyundai utilizou o processo de estamparia a quente e 51,8% da composição da carroceria em aço de alta resistência. Entre as motorizações, serão três a gasolina e um a diesel. Único aspirado, o motor 2.0 de 149 cv e 18,3 mkgf estará sempre associado a um câmbio automático de seis velocidades e promete levar o modelo de 0 a 100 km/h em 10 segundos.
Acima dele, o 1.6 turbo entregará 177 cv e 27 mkgf (com câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas), enquanto o 1.0 turbo de três cilindros terá 120 cv e 17,2 mkgf (com câmbio manual de seis marchas) – prometendo um 0 a 100 km/h em 12 segundos.
Para a Europa, estará disponível um 1.6 turbo a diesel, ainda sem especificações divulgadas. Já para 2018, a Hyundai promete uma configuração totalmente elétrica do Kona, com autonomia de aproximados 380 km – a mesma do recente Chevrolet Bolt.
Caso venha para o Brasil, o Kona certamente ficaria acima do Creta e próximo do New Tucson – apesar do tamanho compacto, o estilo rebuscado e a profusão de equipamentos deve cobrar seu preço. Lá fora, ele vai concorrer principalmente com Nissan Juke (que fica acima do Kicks) e Toyota CH-R.