O novo BMW X1 chega às lojas no início de novembro. Essa é a expectativa da fábrica, que já está produzindo o modelo no Brasil, mas ainda espera o fim do estoque da versão atual.
Para apressar a renovação da linha, a BMW lançou até uma campanha de vendas do atual X1 em condições facilitadas.
No caso da versão de entrada, a sDrive 20i GP, a BMW oferece R$ 12.000 de desconto. De R$ 191.950 o preço cai para R$ 179.950. E, além disso, a empresa dará a manutenção grátis nos três primeiros anos ou até 40.000 km.
A BMW ainda não divulgou a lista completa do novo X1, mas no caso da versão sDrive 20i GP haverá um aumento próximo de 3%, com o preço subindo de R$ 191.950 para R$ 196.950.
O novo X1 não é inteiramente novo. A unidade mostrada aqui, que dirigimos na apresentação mundial, em Munique, na Alemanha, é uma reestilização da geração atual, lançada em 2015.
O SUV chegou ao que se costuma caracterizar como meio ciclo de vida, época em que as fábricas promovem atualizações nos veículos para mantê-los atraentes ao consumidor.
Normalmente, essas mudanças são estéticas: troca de faróis, grade dianteira, lanternas e cores. E o X1 não foge totalmente à regra.
De fato, ele ganhou novos faróis, grade etc. Mas suas alterações não foram apenas superficiais. Cada melhoria visual veio acompanhada de novos conteúdos.
Os faróis agora são do tipo full-led matriciais, assim como as luzes de neblina retangulares e em posição mais baixa no para-choque, que também é novo. Antes as luzes de neblina eram redondas e ficavam logo abaixo dos faróis.
A grade frontal ficou maior. O duplo rim característico da marca cresceu como tem acontecido em outros BMW lançados recentemente, como o X7 por exemplo.
Quanto maior a série, maior a grade frontal. E o X7 é o recordista até agora.
A grade ganhou novas molduras, aletas e acabamento e, assim como os faróis, foi tecnicamente aperfeiçoada incorporando aletas internas móveis.
A função dessas aletas móveis é variar a quantidade de ar que passa pela grade, ajustando a abertura às necessidades de refrigeração do motor e beneficiando também a aerodinâmica do carro.
Na lateral, não houve melhorias técnicas, porque a única novidade está no design das rodas.
Por fim, na traseira, as novas ponteiras de escapamento, com diâmetro maior, têm como objetivo apenas impressionar quem olha para o carro. Pelo menos o novo leiaute interno das lanternas também veio acompanhado da tecnologia full-led.
Por dentro, o receituário é o mesmo. Além de novos materiais e padrões de acabamento, o X1 incorporou iluminação ambiente com a possibilidade de escolha de seis cores. Já a tela da central multimídia cresceu de 8 para 10,25 polegadas.
O X1 continuará a ser oferecido em três versões: sDrive 20i GP, sDrive 20i xLine e xDrive 25i Sport. Mas, no futuro, ainda sem data definida, a BMW diz que haverá também a versão híbrida xDrive 25e.
Nós dirigimos o X1 em um roteiro de cerca de 100 km/h que misturou trechos de autoestrada, estradas secundárias e percursos urbanos, passando por pequenas cidades na região da Baviera.
Como era de se esperar o comportamento do carro não mudou. Ele continua com jeito de SUV urbano, ou seja: tem posição de dirigir elevada, mas se comporta como automóvel, sendo ágil e fácil de manobrar.
No console há uma tecla que permite selecionar três modos de condução: Eco, Comfort e Sport.
No Eco, o sistema privilegia a economia ou seja: faz o motor girar em rotações mais baixas, com reações mais lentas e cuida de gerenciar o consumo de energia do ar-condicionado.
No Comfort, como o nome diz, o foco não é mais economia. Os destaques desse modo é a suspensão macia, que permite que a carroceria se movimente com certa liberdade.
Já no Sport, o motor passa a trabalhar em giro mais elevado, as trocas de marchas são mais rápidas (existe a opção das trocas manuais, no volante), e a suspensão fica mais firme.
Em relação ao desempenho, a versão testada foi a xDrive 25i Sport equipada com motor 2.0 de quatro cilindros e 231 cv de potência, câmbio automático de oito marchas e tração integral.
Ele confirmou o bom rendimento de outras oportunidades em que foi avaliada por QUATRO RODAS.
Em nossa pista de testes, a versão atual foi testada em 2016 e acelerou de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos e retomou de 60 a 100 km/h em 4 segundos.
Nas medições de consumo, as médias foram de 11,1 km/l, na cidade, e 14, 3 km/l, na estrada. Nada mau para um SUV que pesa 1.540 kg.
O espaço interno é bem interessante. Comporta uma família de cinco pessoas e ainda leva 505 litros de bagagem no porta-malas.
A BMW ainda não divulgou a lista de equipamentos que cada versão terá. Uma coisa é certa: a câmera de ré, que até agora não havia em nenhuma das versões vendidas no Brasil, deve fazer parte dos novos itens de série do carro.
E a central multimídia continua com recursos importantes, como GPS, sistema ConnectedDrive – com informações do trânsito e serviço de concierge – e espaço para inserção de um chip de dados, que permite conexão com a internet sem precisar de um smartphone (é um serviço similar ao da GM, mas com liberdade de escolha da operadora por parte do usuário).
A unidade avaliada trazia também teto solar, piloto automático adaptativo, sistema Start/Stop, alerta de mudança involuntária de faixa, sistema de alerta para colisão dianteira, ESP, bancos elétricos e sistema de som Harman Kardon, entre outros equipamentos.
O X1 é o modelo da BMW mais vendido no Brasil respondendo por cerca de 35% das vendas, de janeiro a agosto deste ano, segundo a fábrica.
Ele está à frente até mesmo do sedã da Série 3, que para muitos é o BMW típico e que foi o primeiro carro da marca fabricado no país, com aproximadamente 20% de participação.
No mundo, o X1 também é o queridinho da BMW. Em 2018, ele foi o SUV mais vendido da marca e ficou com o terceiro lugar considerando todos os outros tipos de carroceria: cupês, sedãs, hatches e conversíveis.
O X1 compete com o Mercedes-Benz GLA, que passou por uma reestilização em 2017, e com o Audi Q3, que chegou à segunda geração em 2018 que desembarca no Brasil em 2020.
Ficha técnica – BMW X1 xDrive 25i Sport
Motor: | gas. diant., transv., 4 cil., 1.998 cm3; 16V, 231 cv a 5.000 rpm, 35,7 mkgf entre 1.250 e 4.500 rpm |
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Câmbio: | automática, 8 marchas, tração integral |
Suspensão: | McPherson (diant.) / multilink (tras.) |
Freios: | discos ventilados (diant. e tras.) |
Direção: | elétrica, 11,4 m (diâmetro de giro) |
Rodas e pneus: | liga leve, 225/45 R19 |
Dimensões: | comprimento, 445,4 cm; altura, 159,8 cm; largura, 182,1 cm; entre-eixos, 267 cm; peso, 1.540 kg; tanque, 61 l |