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Impressões: Pajero Sport fica mais moderno (e caro) que SW4 e Trailblazer

Suvão ajusta visual às pressas e antecipa a nova L200 Triton. Será, ainda, o modelo mais completo do segmento, mas prepare-se para pagar R$ 320.000

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 jun 2020, 15h00 - Publicado em 16 jun 2020, 14h30
Novos faróis do Pajero Sport são quase full-led. Isso porque as setas ainda usam lâmpadas convencionais (Divulgação/Mitsubishi)

A variação cambial é implacável. Enquanto alguns fabricantes reveem os planos para seus próximos lançamentos, outros reajustam as tabelas de preços sem dó.

E quem segue com o planejamento fica sujeito ao impacto que o preço pode causar, especialmente se o modelo for importado.

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É o caso do novo Mitsubishi Pajero Sport, que chega da Tailândia com o visual repaginado que já antecipa como a L200 Triton, esta com fabricação nacional, ficará nos próximos meses.

E também com o motor 2.4 turbodiesel e o câmbio automático de oito marchas que devem ser inseridos no cofre do motor da picape média.

A Mitsubishi reposicionou refletores para diminuir as lanternas do Pajero Sport, e tornou o para-choque mais proeminente para proteger melhor a tampa do porta-malas (Divulgação/Mitsubishi)

De quebra, ainda ganhou nova versão com equipamentos de série inéditos na linha 2021. Mas ser o SUV com chassi mais tecnológico do Brasil tem seu preço e ele pode assustar: R$ 318.990.

É verdade que o reajuste nos preços dos concorrentes nos últimos meses não foi pequeno.

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O argentino Toyota SW4 SRX Diamond custa R$ 293.990, enquanto o Chevrolet Trailblazer Premier, nacional, custa R$ 257.490. Ambos também serão reestilizados em 2020 e não espere que isso aconteça sem aumento nos preços. 

Aos poucos, os três se aproximam dos SUVs de luxo com motor diesel. O Land Rover Discovery Sport SE 2.0 turbodiesel (180 cv) custa R$ 283.950 e o Volvo XC60 Momentum D5 (2.0 de 235 cv) sai por R$ 296.950.

Console central está mais estreito, mas central multimídia da versão HPE-S é maior (Divulgação/Mitsubishi)

No caso do Pajero Sport, as mudanças vieram pouco mais de um ano depois do lançamento da nova geração. São prematuras, mas bem vindas.

Os faróis mais estreitos e divididos em duas peças (acima o DRL e fachos baixo e alto, abaixo seta, luz de conversão e faróis de neblina), a grade com barras que voltam a ser paralelas e o novo para-choque deixaram a frente mais agradável.

Quadro de instrumentos digital é exclusivo da versão de R$ 318.990 (Divulgação/Mitsubishi)

Mas o que realmente precisava ser revisto era a traseira. As lanternas, que eram enormes a ponto de avançar sobre o para-choque, agora são apenas grandes e escurecidas.

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O que mais atrapalhava era a parte refletiva, que foi reposicionada para um lugar mais harmônico no novo para-choque. Este está mais proeminente, protegendo melhor a tampa do porta-malas no caso de um “totó”.

O Pajero Sport 2020 (esq.) ao lado do 2021 (dir.) (Arte/Quatro Rodas)

Por dentro, o console central ficou mais estreito, o que acabou aumentando sensivelmente o espaço para quem viaja nos bancos da frente.

Também aplicaram o mesmo couro dos bancos nos puxadores das portas e os comandos do ar-condicionado automático de duas zonas – que continua com saídas para a segunda e a terceira fileira no teto.

Todas as versões do Pajero Sport têm sete lugares (Divulgação/Mitsubishi)

As outras diferenças são exclusivas da nova versão HPE-S e ajudam, de certa forma, a explicar seu preço.

São o quadro de instrumentos digital, com três opções de visualização das informações, e a central multimídia com tela de 8 polegadas – a versão HPE permanece com a de 7″, única com TV digital.

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Mas ambas têm conectividade com Android Auto, Apple Caarplay e GPS nativo.

Passageiros da segunda fila têm acesso a dois USB e a uma tomada de padrão brasileiro (Divulgação/Mitsubishi)

O Pajero Sport HPE-S ainda tem monitor de pontos cegos (com exibição do local obstáculo no quadro de instrumentos), monitor de tráfego traseiro com frenagem e tampa do porta-malas com abertura elétrica, além de piloto automático adaptativo, frenagem autônoma de emergência e teto solar de série.

Rodas aro 18 diamantadas são equipamento padrão do modelo (Divulgação/Mitsubishi)

Até então, o Pajero Sport era vendido no Brasil apenas na versão HPE por R$ 273.990, mas com piloto automático adaptativo e teto solar de série.

Na linha 2021, os dois equipamentos se tornaram opcionais e somam R$ 8.000 aos R$291.990 cobrados pela versão. Na prática, o aumento foi de R$ 26.000 – ou 9,5%. 

Porta-malas tem 971 l quando com cinco lugares (Divulgação/Mitsubishi)

As versões HPE e HPE-S têm em comum sete airbags, controle de descida de rampas, freio de estacionamento eletrônico com auto-hold, chave presencial, controles de estabilidade e tração, sete lugares, faróis de led, rodas aro 18 diamantada e tomada de 120 V com padrão brasileiro e dois USB disponíveis para o banco traseiro.

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Novidade para as duas versões é um aplicativo de celular que se conecta ao veículo por meio de Bluetooth. Programando funções como acendimento dos faróis, destravamento das portas e abertura do porta-malas (caso seja elétrica), o comando será executado ao se aproximar do carro.

Onde tudo é como antes

Independente da versão, o Pajero Sport usa o motor 2.4 turbodiesel de 190 cv e 43,9 kgfm de torque sempre combinado ao câmbio automático de oito marchas – que chegará à L200 quando receber a mesma frente do Pajero Sport.

Há opção de trocas manuais por meio das conhecidas borboletas de alumínio presas na coluna de direção, herdadas do Lancer.

Motor 2.4 turbodiesel segue com 190 cv (Divulgação/Mitsubishi)

O motor não é dos maiores e tem 10 cv a menos que o 2.8 do TrailBlazer, mas 17 cv a mais que o 2.8 do SW4 – isso enquanto não passa a ter o novo motor com 204 cv.

Em compensação, é suave e seu barulho é disfarçado pelo bom isolamento acústico.

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Seletor de tração é eletrônico (Divulgação/Mitsubishi)

Quem realmente ajuda no conforto, porém, é o câmbio, que antecipa as trocas para manter o motor trabalhando próximo das 1.000 rpm a maior parte do tempo.

(Divulgação/Mitsubishi)

A tração também não passou por mudanças. Por meio do seletor central, é possível escolher entre os modos 4×2, 4X4, 4×4 com diferencial central travado e 4X4 com reduzida.

O diferencial central é, literalmente, um diferencial dos Mitsubishi e permite usar a tração 4×4 de forma permanente, mesmo no asfalto, ao contrário dos concorrentes.

(Divulgação/Mitsubishi)

Já o acerto de suspensão segue controlando melhor a carroceria do que se vê nos concorrentes.

Se por um lado manter nos eixos os quase 2.100 kg exige mais carga nas molas e amortecedores, por outro o Pajero consegue superar valetas e buracos sem sofrimento.

Novos faróis do Pajero Sport são quase full-led. Isso porque as setas ainda usam lâmpadas convencionais (Divulgação/Mitsubishi)

Apesar dos vários assistentes eletrônicos que o Pajero Sport incorporou, um componente segue analógico.

É a direção com assistência hidráulica, o que explica seu peso maior em manobras e impede, por exemplo, que um assistente de permanência em faixas atue em conjunto com o piloto automático adaptativo.

(Divulgação/Mitsubishi)

Por outro lado, isso não deve ser um problema para o tradicional comprador de Pajero.

Só não deixe que eles descubram que o bom e velho Pajero Full segue à venda com seu 3.2 turbodiesel de 200 cv por R$ 275.990, pois chegou antes de o dólar disparar.

(Divulgação/Mitsubishi)

Ficha técnica – Mitsubishi Pajero Sport HPE-S 2021

  • Preço: R$ 318.990
  • Motor: diesel, dianteira, longitudinal, 4 cil. em linha, 16V, 86 x 105,1 mm, 15,5:1,5, turbo, 2.442 cm3; 190 cv a 3.500 rpm, 43,9 mkgf a 2.500 rpm
  • Câmbio: automático., 8 marchas, tração 4×4
  • Suspensão: duplo A (dianteira) e eixo rígido (traseira)
  • Freios: disco ventilado (dianteira) e disco sólido (traseira)
  • Direção: hidráulica
  • Rodas e pneus: liga leve, 265/60 R18
  • Dimensões: comprimento, 478,5 cm; altura, 180,5 cm; largura, 181,5 cm; entre-eixos, 280 cm; altura livre do solo, 23,6 cm; peso, 2.095 kg; tanque, 68 l; porta-malas, 971 l (com cinco lugares)

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