IPVA 2023 em São Paulo: saiba datas, quanto custa e como economizar
Pagamento começa em 11 de janeiro e pode ser feito à vista ou em cinco parcelas. A estimativa é que o estado arrecade mais de R$ 23 bilhões
Começo do ano e a esperança de um ano novo melhor e repleto de realizações se mistura com as obrigações financeiras de todo começo do ano. Uma das mais importantes é o pagamento do IPVA 2023, imposto sobre a propriedade de veículos automotores. E esse tributo é estadual e nesse caso a alíquota muda por estado.
No caso de São Paulo o valor do imposto é de 4% do valor venal do veículo na tabela fipe. No caso do carro zero, basta trocar o valor venal pelo valor da nota fiscal.
Quem não paga IPVA 2023 em São Paulo?
De acordo com a Secretaria da Fazenda, a frota paulista tem aproximadamente 27 milhões de veículos, sendo que 17,9 milhões estão sujeitos a pagar o imposto.
Entre os que têm direito à isenção estão cerca de 8,5 milhões de veículos com mais de 20 anos de fabricação. Também estão isentos veículos ligados a taxistas, pessoas com deficiência, igrejas e entidades sem fins lucrativos, além de veículos oficiais, transporte escolar e ônibus e micro-ônibus urbanos. Veículos que foram furtados ou roubados terão dispensa de pagamento do IPVA de forma permanente ou enquanto durar a perda da posse.
Qual o valor do IPVA 2023 em São Paulo?
O IPVA 2023 (Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores) vai ficar 10,77% mais caro, em média, no Estado de São Paulo. E o imposto paulista é de 4% do valor venal da tabela fipe do carro com menos de 20 anos de fabricação.
A Secretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz) disponibilizou um portal para a consulta do preço venal, basta digitar a placa do veículo. A Sefaz-SP estima que a arrecadação com o imposto atinja R$ 23,4 bilhões em 2023.
Quais as datas de pagamento do IPVA 2023 em São Paulo?
O pagamento do (Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores) IPVA 2023 no Estado de São Paulo começa no dia 11 de janeiro. As datas de vencimento do tributo variam de acordo com o final da placa do carro. Conforme a tabela abaixo:
FINAL DA PLACA | 1ª PARCELA | 2ª PARCELA | 3ª PARCELA | 4ª PARCELA | 5ª PARCELA |
0 | 24/jan | 24/fev | 24/mar | 24/abr | 24/maio |
1 | 11/jan | 11/fev | 11/mar | 11/abr | 11/maio |
2 | 12/jan | 12/fev | 12/mar | 12/abr | 12/maio |
3 | 13/jan | 13/fev | 13/mar | 13/abr | 13/maio |
4 | 16/jan | 16/fev | 16/mar | 16/abr | 16/maio |
5 | 17/jan | 17/fev | 17/mar | 17/abr | 17/maio |
6 | 18/jan | 18/fev | 18/mar | 18/abr | 18/maio |
7 | 19/jan | 19/fev | 19/mar | 19/abr | 19/maio |
8 | 20/jan | 20/fev | 20/mar | 20/abr | 20/maio |
9 | 23/jan | 23/fev | 23/mar | 23/abr | 23/maio |
Em 1º de janeiro, os donos de veículos poderão checar quanto vão pagar de imposto em agências bancárias, terminais de autoatendimento ou pelo internet banking. Basta saber o número do Renavam do veículo.
O desconto para o proprietário que pagar à vista em janeiro é de 3%. Bem menor que os 9% oferecidos no ano passado, quando o preço dos automóveis disparou em 2021 e fez com que o imposto subisse em média 22% no Estado.
Quem precisar ou quiser pagar a prazo, pode parcelar o valor em até 5 vezes, mas sem desconto nenhum. As datas de vencimento para quitar o imposto variam de acordo com o último número da placa do veículo, com início em 11 de janeiro para as que terminam em 1. No caso de caminhões e tratores, o pagamento parcelado tem dias fixos, sempre o dia 20 de cada mês.
Há três maneiras de realizar o pagamento. Mas apenas uma delas permite o desconto:
- Pagar valor em cota única com desconto de 3% em janeiro;
- Pagar valor integral (sem desconto) em cota única em fevereiro;
- Pagar valor integral (sem desconto) parcelado em até 5 vezes.
Confira outros exemplos práticos com base em dúvidas de leitores:
QUAL O VALOR DO IPVA 2023 DO TOYOTA COROLLA CROSS?
O valor venal de Corolla Cross XR 2.0 2022, por exemplo, de R$ 148.760, é multiplicado por 0,04. Desse modo, sabemos que o IPVA do modelo da Toyota será de R$ 5.950,40.
QUAL O VALOR DO IPVA 2023 DE UM CARRO ELÉTRICO?
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, assinou ontem (28) um decreto que aumenta para 50% o desconto no IPVA para veículos elétricos, híbridos e híbridos a hidrogênio.
Anteriormente, o IPVA era pago integralmente, mas gerava créditos para pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e era válido apenas para modelos até R$ 150.000.
Com a nova lei, a prefeitura abre mão de toda sua parcela de arrecadação na alíquota – os outros 50% são destinados ao governo estadual – e o desconto passa a valer para todos os carros elétricos, independente do preço. Porém, o valor da restituição estará limitado a R$ 3.300.
QUAL CARRO COM O IPVA MAIS BARATO?
Segundo o Sefaz-SP o modelo que irá pagar o menor IPVA do estado de São Paulo é um modelo de fabricação própria de 2004 e que terá que pagar somente R$ 54,20.
QUAL CARRO COM O IPVA MAIS CARO?
De acordo com a Secretário da Fazenda e Planejamento do estado de São Paulo, o maior IPVA a ser pago no ano de 2023 será de um Porsche 918 Spyder 2015, num total de R$ 577.921,56. Detalhe: esse é o valor apenas do imposto. Um dos carros mais impressionantes já testados por QUATRO RODAS, o 918 Spyder custa, na verdade, R$ 14.448.039, de acordo com o cálculo do valor venal.
Isso significa que, apenas para começar o ano com seu superesportivo híbrido de 899 cv e 130,5 kgfm regularizado, o dono precisa desembolsar valor equivalente a um Porsche Macan S novinho. O SUV com motor 3.0 de 380 cv custa um pouco menos que o IPVA do 918 Spyder, R$ 569.000.
O que acontece se eu não pagar o IPVA 2023?
Caso o motorista não realize o pagamento do IPVA 2023, o veículo em questão estará irregular para a rodagem no ano que vem. Isso significa que, caso seja parado em uma blitz, há grande risco de que o carro seja apreendido. Nesse caso, além de precisar pagar o imposto para retirá-lo do pátio, o proprietário também pagará multa de R$ 293,47, ganhará 7 pontos na CNH e precisará pagar as diárias do veículo apreendido.
Mesmo sem uma eventual apreensão, a falta de pagamento do IPVA pode levar o condutor a ser inscrito na Dívida Ativa. Além de ter o “nome sujo” perante o governo estadual, a persistência da dívida pode gerar problemas que, a longo prazo, vão de dificuldade na concessão de crédito a penhora de bens.