Jeep Commander revelado: SUV troca pegada off-road por estilo e pompa
Proximidade do Compass não impede que o Commander adote outra postura, evocando luxo e esportividade
Foi à pressa. Já era quase madrugada de terça-feira (17) quando a Jeep divulgou as primeiras imagens do seu novo SUV de sete lugares, o Commander, de lançamento marcado para 26 de agosto.
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A divulgação em horário incomum e sem aparente movimentação prévia ocorreu cerca de 12h após uma foto do veículo surgir em redes sociais. O vazamento ocorreu, segundo relatos, a partir de uma rede interna usada pelos revendedores Jeep no Brasil.
Fato é que se tratava do novo SUV da Jeep, uma variação do Compass maior e um pouco mais luxuosa, mas com a mesma mecânica e tecnologias (e também mais cara). Muito graças ao recorte desfavorável e má qualidade do vazamento, logo surgiram críticas ao segredo — o que pode ter motivado a correria.
Confiante, a marca tratou de publicar o mesmo modelo da foto: um Jeep Commander Overland TD380, o topo de linha da gama diesel, revelado em primeira mão por QUATRO RODAS.
O exemplar bicolor — branco perolizado com colunas em preto — foi clicado há poucas semanas em Curvelo (MG), e definitivamente se saiu melhor no curto vídeo divulgado. Quase uma chamada ao VAR para atestar que o “ângulo desfavorável” não era balela; o Commander não seria unânime mas justifica o frisson.
O que se vê é coerência desde o primeiro teaser do modelo, publicado em abril. Na ocasião foram exibidas silhuetas ensombradas do carro, com destaque para a grade frontal angulada e com padrões geométricos análogos ao luxo Grand Wagoneer, lançado há pouco nos Estados Unidos.
Como fazem as nossas picapes médias em relação às fullsize do Norte, o Commander encena a postura dos grandes utilitários americanos, que eventualmente foram redimensionados às ruas globais.
O inédito carro, porém, sequer é o caçula direto do Grand Wagoneer — entre eles há a também nova Grand Cherokee L —, mas nem por isso o SUV que custará entre R$ 250.000 e R$ 300.000 deixou de ser fino.
Em um movimento incomum no Brasil, a Jeep abandonou a vocação aventureira presente, em ordem decrescente, no Wrangler, Renegade e Compass, e adotou um tom adaptado, longinquamente, dos utilitários à la Cadillac Escalade que embalaram a cultura popular na virada dos anos 2000.
No Commander, o off-road dá lugar a muitos adornos cromados, como aqueles sobre os faróis full-led da linha esportiva Jeep Performance, e adornos em bronze ao redor de seus emblemas. Os para-choques passam a contar com mesma pintura da carroceria.
Ao mesmo tempo, o Commander diesel não é disruptivo (e bobo) ao ponto de abrir mão do 4×4, que se mantém no 2.0 turbodiesel aprimorado em relação ao Compass. O parcialmente novo motor terá 38,8 kgfm (3,1 kgfm a mais que o Compass) e sua potência é apostada na casa dos 200 cv.
Por dentro a fabricante destaca o “moderno volante e a tecnologia do cluster Full Digital e da central multimídia flutuante”, com 10,25’’ e 10,1’’, respectivamente. Mas o que salta mais aos olhos é o acabamento em dois materiais, com predominância do marrom, seja em couro ou em suede e costura em tons de cobre. A inegável elegância também transborda ao apoio de braço e ao generoso console central, com peças bronzeadas e brilhantes.
Desenvolvido entre Betim (MG) e Goiana (PE), o novo Jeep Commander será apresentado na semana que vem. O novo SUV de sete lugares terá produção em Pernambuco e será exportado para outros países latino-americanos.
“Elevando o patamar de luxo” da Jeep na região, o equivalente ao Compass de sete lugares também será vendido na Índia, onde será batizado de Meridian. Ele deverá receber variantes híbridas no ano que vem, mas o que chega inicialmente são duas versões, Limited e Overland, com motor diesel ou o 1.3 GSE turboflex que já equipam Fiat Toro e o SUV médio da Jeep.
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