A Jeep gosta de esconder mensagens, desenhos e referências em seus carros: nos cantos das carrocerias é possível encontrar aranhas estilizadas, mapas, répteis, pegadas e até a grade, faróis e perfil do icônico Jeep CJ escondidos. Os Jeep Compass vendidos no exterior, por exemplo, têm até palavras em Código Morse gravadas no descanso para o pé esquerdo do motorista.
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E foi justamente usando o bom e velho Código Morse que QUATRO RODAS confirmou que o inédito SUV de sete lugares — fabricado no Brasil — chama-se Jeep Commander.
A primeira parte do segredo está no teaser do SUV, divulgado em 5 de abril. Na peça publicitária destaca-se um piano que toca a mesma nota musical (um ré sustenido na sexta oitava, ou D#6) enquanto passa a mensagem discretamente. O vídeo abaixo é legendado e ajuda a entender melhor. Os traços e pontos são parte do Código Morse e representam um tom longo e um tom curto, respectivamente.
É coisa de maluco. Enquanto ficávamos mais interessados nas letras “ER” reveladas no vídeo, a Stellantis dizia que a trilha sonora seria o caminho para descobrir o nome do SUV, que estava “onde não se vê”. Diminuímos a velocidade da música, colocamos ela ao contrário (em “Ilariê” deu certo) e analisamos as ondas sonoras. No fim, o nome Commander estava na própria trilha sonora, ditado no clássico idioma dos telegrafistas.
Em seu perfil no Linkedin, a Stellantis adicionou mais suspense e, em uma publicação acerca do novo utilitário, destacou adjetivos e comparações ligados à grandeza. Vale ressaltar que a Jeep costuma utilizar o termo “Grand” para diferenciar modelos como Cherokee e Grand Cherokee ou Wagoneer e Grand Wagoneer. A maior coincidência, entretanto, fica por conta de um SUV exclusivo da China.
Nome não é novo
Produzida entre 2006 e 2010, a primeira geração do Jeep Commander era, na prática, uma versão de sete lugares do Jeep Grand Cherokee. Em 2018, entretanto, o nome foi resgatado por um SUV exclusivo ao mercado chinês e baseado na plataforma do Cherokee, a Compact Wide.
Ele tem versão de cinco lugares (Commander) e a mais famosa, de sete lugares (Grand Commander), mas nenhuma das duas vende bem (apenas 7.373 carros em 2020). A nomenclatura, porém, serve para reforçar que o nome “Grand Commander” também é uma variação bem plausível.
Jeep Commander estreia no segundo semestre
Conhecido até agora como Projeto 598, o Commander será o próximo grande lançamento da Jeep no Brasil em 2021. Ele é baseado na plataforma Small Wide, a mesma dos Jeep Compass e Renegade, e da Fiat Toro.
O uso da mesma plataforma não só facilitará a produção na fábrica de Goiana (PE), como ajuda a amortizar os custos do projeto. Isso porque a estrutura do Commander é a mesma do Compass até o final das portas dianteiras. Mas será facilmente distinguível pelos faróis, capô, para-choque e para-lamas exclusivos.
Por conta da terceira fileira de assentos, o Commander se valerá de entre-eixos mais longo, portas traseiras maiores e o balanço traseiro também crescerá. O formato mais quadrado da traseira ajuda a aumentar o espaço restante no porta-malas. O estilo da traseira também será completamente diferente do Compass, com lanternas bem estreitas.
Muito se falava sobre o interior ser mais luxuoso, mas QUATRO RODAS descobriu que o painel do Commander será o mesmo do Compass. O flagra permitiu notar que apenas um friso horizontal cromado e costuras no console central são exclusivas do modelo.
O maior Jeep nacional estará disponível tanto com o novo motor 1.3 GSE Turbo de 185/180 cv e 27,5 kgfm de torque, com câmbio automático de seis marchas, quanto com o 2.0 Multijet turbodiesel, mas com chance de este surgir em uma versão mais forte. A potência saltaria dos 170 para mais de 200 cv e o torque, dos 37,5 para mais de 40 kgfm. Com este motor, o câmbio será automático de nove marchas e ainda terá tração 4×4.
Considerando os preços do novo Jeep Compass 2022, o Jeep Commander nacional teria preços entre os R$ 200.000 e R$ 260.000, e promete dar dor de cabeça tanto para os Caoa Chery Tiggo 8 e Volkswagen Tiguan, quanto para o Toyota SW4.
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