VW Jetta pode ganhar versão elétrica – e independente da linha ID
Ainda sem versão elétrica, muitos clientes e amantes do modelo ficam com receio de que o Jetta possa mudar de nome e visual para entrar na linha ID
A Volkswagen até garantiu um novo motor e um novo câmbio para o novo Jetta 2022. A expectativa é de que o novo sedã chegue às concessionárias norte-americanas no último quarto de 2021. Mas os engenheiros da fabricante alemã trabalham em uma atualização mecânica ainda maior para o sedã médio.
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Enquanto ainda não se sabe se o novo motor 1.5 TSI de 160 cv e o câmbio automático de oito marchas chegarão ao Brasil, a VW já está com a cabeça na eletrificação do sedã.
No evento de revelação do facelift, a Volkswagen respondeu um questionamento do site CarScoops sobre o seu futuro elétrico e sobre quais serão os nomes dos modelos que ainda aparecerão no mercado.
Na resposta, a empresa deixou claro que “nomes convencionais não foram descartados para os futuros veículos elétricos e que eles são, definitivamente, uma opção”. Isso indica que esses novos modelos poderiam viver em harmonia com a família ID, dedicada aos elétricos da marca.
Essa declaração mostra que a fabricante fez uma correção no seu plano de produção e comercialização de elétricos. A princípio, a marca havia dito que utilizaria apenas a divisão ID para os seus modelos movidos exclusivamente a eletricidade, mas, aparentemente, a estratégia é diferente agora.
Um fato observado pela fabricante, pelo menos no mercado norte-americano, é que muitos clientes preferem designs mais conservadores, como o do Jetta, no lugar de desenhos mais modernos, como os do ID.3 e ID.4.
Isso não necessariamente significa que os compradores são contrários às motorizações elétricas, mas sim que preferem um design em detrimento de outro. Eventualmente, todos serão forçados a comprar carros dependentes de bateria por conta das regulamentações internacionais de limite de emissão de poluentes.
Com foco na pauta ambiental, a VW pretende ter 70% das suas vendas anuais concentradas no ramo de elétricos até 2030, mas esse patamar não será atingido apenas com os modelos ID. Naturalmente, a marca começará a oferecer os modelos mais clássicos, como o Jetta, em versões elétricas.
Apesar da gama de modelos ID já ter um planejamento de lançamentos, como o da “Kombi elétrica” ID Buzz, ainda existe uma grande demanda por carros elétricos de outros segmentos da empresa, como o de sedãs.
Portanto, não há como descartar a presença de um Jetta elétrico nos próximos anos. O mistério é como ele será feito e qual será o seu visual. A VW já vendeu unidades elétricas do Golf onde apenas substituiu o motor a combustão por um elétrico. Além disso, os modelos ID utilizam a plataforma MEB EV, dedicada apenas para elétricos, o que excluiria a possibilidade de um Jetta atual ser inserido nessa arquitetura.
Dito isso, o futuro do sedã ainda é uma incógnita. A Volkswagen tem um leque de oportunidades para desenvolver uma versão elétrica do Jetta. Uma vertente é seguir o que a Porsche faz com o Macan e desenhar o mesmo veículo em plataformas diferentes: um elétrico e outro a combustão.
Outro lado pode ser simplesmente levar o conceito visual do modelo à plataforma de elétricos já existente e torná-lo algo diferente do modelo a combustão. Fato é que a empresa alemã não vai matar o seu sedã e, com foco na redução das emissões de poluentes, deve trazer em breve uma versão elétrica do clássico Jetta.