Crise? Não para quem é muito rico. Mesmo que 2022 tenha sido um ano de recuperação no setor automotivo, fabricantes que cobram milhões por um carro não foram tão afetados. Tanto que Ferrari e Lamborghini registraram recordes de vendas globais em 2022, superando a marca histórica que tiveram em 2021. Mas não bateram recorde no Brasil.
No ano passado saíram da fábrica de Sant’Agata Bolognese exatamente 9.233 carros, 10% a mais do que em 2021, quando a Lamborghini registrou seu último recorde histórico, de 8.405 unidades. O maior responsável por esse aumento foi o Urus, com 5.367 unidades vendidas, um aumento de 7%.
Já o Huracan elevou em 20% suas vendas, chegando a 3.113 unidades, enquanto o já aposentado Aventador terminou o ano com 753 unidades vendidas.
A América do Norte foi onde a Lamborghini teve o maior número de pedidos, com 2.721. Em segundo, veio a região de China, Hong-Kong e Macau, com 1.018 carros. Cada uma registrou um aumento de 10% e 9%, respectivamente.
Quem se deu melhor foi a Ferrari – e olha que o SUV Purosangue ainda nem começou a ser entregue aos primeiros compradores. Da fábrica de Maranello saíram 13.221 veículos, quebrando o recorde de 11.155 de 2021. A maioria teve como destino a Europa, o Oriente Médio e a África. Essas três regiões somadas tiveram um crescimento de 8% em relação a 2021 e totalizaram 5.958 vendas.
A América do Norte foi o segundo maior mercado, com 3.447 unidades vendidas, 22% a mais que as 2.831 de 2021.
Infelizmente, a Ferrari não detalha as vendas de cada modelo, mas informa que quem puxou o barco foram a Portofino M, SF90 (Stradale e Spider), 296 GTB e a 812 Competizione. Ao todo, a montadora faturou 5,095 bilhões de euros, incluindo venda de carros, peças e outras atividades, equivalente a mais de 28,2 bilhões de reais, um aumento de 19% se comparado ao ano de 2021. Para 2023 a projeção é aumentar essa receita para 5,7 bilhões de euros.
E no Brasil?
A Ferrari teve 22 carros emplacados no Brasil em 2022, sendo a Ferrari F8 Spider responsável por 8 unidades ou 36% das vendas, o dobro da participação da Roma. Em 2021 foram 16 carros e em 2020, 23 unidades.
A Lamborghini, por sua vez, teve 7 novos emplacamentos no Brasil, com seis Urus e um Huracán. Em 2021 foram 9 carros e em 2020, 20 exemplares.