Um dos principais fatores que pesam na hora de escolher seu veículo é a confiabilidade. Afinal, ninguém quer passar por perrengues durante uma viagem, por exemplo. Para isso, quase todos os veículos comercializados passam por rigorosos testes de segurança e rodagem, e são constantemente avaliados pelos próprios consumidores e pela imprensa — vide o nosso Longa Duração. Quase todos…
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Quem foge à regra são os supercarros, esportivos que têm tantos cavalos de potência quanto zeros no seu preço. Eles raramente passam por testes de colisão como o Latin e Euro NCAP, tampouco são dirigidos por milhares de quilômetros para que problemas mecânicos apareçam, assim como o seu carro do dia a dia.
Em resumo, eles dificilmente são utilizados a ponto de ser possível fazer uma avaliação de confiabilidade da mesma forma que os veículos “comuns”. E o seu baixo número de produção apenas colabora para isso.
Porém, o site britânico de comparação de preços, USwitch, reuniu alguns dados relevantes e conseguiu montar um ranking com os 25 supercarros mais confiáveis do mercado.
A nota final — de 0 a 10 — foi dada com base em quatro critérios. O primeiro é o teste MOT (sigla em inglês para Ministério do Transporte), uma avaliação de segurança, aspectos técnicos e emissões de todos os veículos com mais de três anos do Reino Unido. A USwitch tirou a porcentagem de quantas unidades de cada supercarro foram aprovadas em sua primeira tentativa no teste.
Como segundo critério, a empresa utilizou o número total de recalls de cada modelo desde 1992. Vale ressaltar que, esse dado não leva em consideração a quantidade de unidades que tiveram de ser devolvidas, mas sim quantas vezes determinado modelo passou por um recall.
A partir daí, temos o terceiro critério: a média anual de recalls, tendo como base também o ano de 1992. Já o quarto e último critério levou em consideração a avaliação média de cada modelo nas reviews feitas pela imprensa especializada, onde cada um recebeu uma nota de 0 a 5.
Com os quesitos apresentados, vamos ao ranking. Começando pela a parte de baixo, o Mercedes-AMG GT foi o que teve a pior nota entre todos os supercarros. O esportivo Alemão recebeu apenas 3,2 de pontuação geral, muito devido ao seu alto número de recalls: 18 no total.
Com um recall a menos, mas uma aprovação de apenas 87% no MOT, está o Porsche 911. Nem mesmo sua média de 4,8 nas reviews da imprensa foram o suficiente para aumentar sua nota final de 4,4.
Fechando a trinca dos menos confiáveis, temos o Maserati GranTurismo. Se fosse na escola, o modelo italiano passaria de ano com a nota mínima e teve a pior aprovação no MOT entre todos os 25 modelos avaliados, com somente 82%.
Passando para o topo da lista, a Ferrari FF e o Bugatti Chiron foram iguais em praticamente todos os critérios, até mesmo na média final, que foi de 9,27. Porém, o supercarro francês, tido como um dos carros mais rápidos do mundo, conseguiu 4,7 nas reviews dos especialistas, um décimo a mais que o rival italiano.
Aliás, a Ferrari foi a montadora com mais representantes no ranking, com 11 modelos. Sendo que, da terceira à sexta colocação foram ocupadas por modelos da marca.
Por fim, o superesportivo mais confiável é o Lamborghini Huracan. Embora ele não tenha uma avaliação perfeita no MOT, ficando com 96%, o esportivo não teve nenhum recall desde que começou a ser fabricado. Somando isso a uma avaliação de 4,9 dada pela mídia, fez com que o Huracán tirasse uma nota geral de 9,37.
Claro que esse ranking não leva em consideração uma série de informações úteis quando se mede a confiabilidade de um carro, como por exemplo, a quantidade de avarias do modelo. Mas mesmo assim, ele é interessante para termos uma noção de como andam os supercarros e deve ajudar algum bilionário a não levar gato por lebre – ou nesse caso, Fiat Marea por Huracan.