O CEO da Lamborghini, Stephan Winkelmann, apresentou hoje o “Direzione Cor Tauri”, seu plano estratégico que busca diminuir a emissão de CO2. Ele prevê tanto a eletrificação de toda a gama de esportivos da fabricante, como também ter uma abordagem mais sustentável e holística para a fábrica de Sant’agata Bolognese.
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Serão investidos R$1,5 bilhão de euros (cerca de R$ 9,6 bilhões segundo a cotação atual) em um plano dividido em três etapas. A primeira, entre 2021 e 2022, vai celebrar o período de sucesso da empresa até agora. Serão desenvolvidos motores para versões que homenageiam os produtos históricos do passado e presente da marca. Além disso, dois novos superesportivos com motor V12 serão anunciados ainda esse ano.
A segunda etapa será a de transição para os modelos híbridos plug-in. Até o final de 2024 a marca italiana pretende eletrificar toda a sua linha de veículos, começando já em 2023 com o lançamento do primeiro carro híbrido de produção em série.
O foco será em manter a experiência de dirigir um superesportivo com motor a combustão. Para isso os engenheiros precisarão desenvolver alternativas para compensar o aumento do peso que as baterias trarão aos veículos. A Lamborghini estima que 50% da emissão de CO2 seja reduzida até o final de 2025.
Vale ressaltar que a marca italiana já possui um modelo híbrido, o Sián. Mas em vez de ser um plug-in, o veículo trabalha com um supercapacitor, que armazena parte da energia produzida pelo motor a gasolina e a libera quando o carro acelera ou troca de marcha.
A terceira e última fase está prevista para o final desta década e consiste na criação do primeiro modelo totalmente elétrico. Porém, para o CEO da empresa, essa é a parte mais difícil. Em entrevista para a CNN Business, Stephan Winkelmann afirmou que os clientes aceitam bem a hibridização, já que ela mantém a experiência de dirigir um superesportivo. Mas a eletrificação completa não é muito bem vinda. “No final do dia, você precisa mudar tudo, [mas não] mudar nada”, diz Winkelmann.
O modelo 100% elétrico está nas fases iniciais de desenvolvimento, segundo o CEO. Mas ele terá quatro lugares em vez de dois, como é de costume nos superesportivos. Isso é tudo o que se sabe sobre o futuro EV da Lamborghini, até mesmo o número de portas (duas ou quatro) está sendo decidido.
Audi e Porsche, que pertencem ao grupo Volkswagen, assim como a Lamborghini, já têm seus modelos totalmente elétricos que podem servir de base para o carro italiano. Tanto o Porsche Taycan como o Audi E-tron GT são modelos esportivos de quatro portas e se aproximam do que a Lamborghini pretende criar.
A principal aposta para a criação de um supercarro sustentável pode ser as baterias de estado sólido. Elas são menores e mais leves que as convencionais de íons de lítio, que são feitas com produtos químicos. O grupo Volkswagen é um dos principais investidores da QuantumScape, empresa que está desenvolvendo esse tipo de bateria.
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