Rumores de que a linha de modelos da Lancia poderia ser reduzida para apenas um carro, Ypsilon, e um mercado, italiano, não é exatamente novidade, mas parece que a montadora está, de fato, acelerando para este rumo. De acordo com a Bloomberg, nos próximos dois anos a Fiat Chrysler Automobiles, empresa dona da Lancia, deverá fazer exatamente isso, já que a marca tem pouca representatividade fora da Itália, o que seria uma medida racional de acordo com especialistas.
As vendas da Lancia caíram cerca de 20% ano passado, mesmo, ou talvez por isso, usando carros Chrysler rebatizados. Consequentemente, até 2016, apenas o modelo Ypsilon deve continuar, inclusive remodelado em um futuro próximo, o Delta parando ainda este ano e o Voyager no ano que vem.
A marca Lancia está agrupada com a Chrysler na Europa, com a Fiat criando uma expectativa de aproximadamente 80 mil veículos vendidos juntas em 2018. Este número parece pouco, comparado aos 75 mil carros vendidos em 2013 apenas da Lancia, mas pega bastante mal com Sergio Marchionne, Diretor Executivo do Grupo Fiat, que esperava 300 mil vendas por ano em 2014.
Mas então porque não matar de uma vez a marca? Segundo analistas de mercado, ao não fazê-lo, a Fiat mantém abertas opções até que novos modelos cheguem ao mercado. “Marchionne pode esperar o resultado da nova estratégia da Alfa Romeo antes de matar a Lancia”, disse Ian Fletcher, do IHS Automotive.