Menor SUV da Hyundai, Venue roda em testes no Brasil ao lado do Creta
Hyundai Venue é maior que um HB20 e bem menor que o Creta, mas poderia ser um bom rival para Nivus e o novo SUV da Fiat
O Hyundai Creta ganha nova geração no Brasil no segundo semestre. Não ficará exatamente mais bonito que o atual – será virtualmente idêntico ao iX25 lançado na China há dois anos – mas pode elevar o patamar atual do modelo com equipamentos mais avançados e com a estreia do motor 1.0 TGDi (turbo com injeção direta) nas versões intermediárias.
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Isso abriria espaço para um novo carro entre o HB20X e o Creta? Talvez. E a Hyundai está deixando a gente sonhar.
Menor SUV da Hyundai no mundo, o Venue teve uma unidade importada para o Brasil e nós até já havíamos mostrado ele ao lado de outros modelos trazidos pela fabricante sul-coreana. Disseram ser de uso interno da fabricante, que coordena as operações comerciais na América Central e do Sul a partir do Brasil.
Fato é que o Hyundai Venue agora circula em testes no Brasil com placa verde, como revelam as fotos enviadas pelo leitor Alisson Tanaka. E há um Creta atual, com placas verdes, logo na frente dele.
Por que o Venue seria importante no Brasil?
O Hyundai Venue foi criado como um produto global: é vendido na Coreia do Sul, em Taiwan, na Índia e até nos Estados Unidos, por menor que seja. Com 4,03 m de comprimento, é apenas 9 cm mais longo que um HB20 e 24 cm menor que o Creta, enquanto o entre-eixos de 2,51 m equivale ao de um HB20S e fica 8 cm abaixo do Creta.
A vantagem sobre a família de compactos está na largura, de 1,77 m, apenas 1 cm a menos que o Creta. A altura é de 1,56 m, 7 cm aquém do primo fabricado no Brasil.
Na prática, o Venue tem exatamente o porte de um Ford EcoSport sem estepe na traseira. E é justamente com SUVs compactos menores (como o Volkswagen Nivus, o também vindouro SUV da Fiat sobre a plataforma do Argo, Caoa Chery Tiggo 2, JAC T40) com quem o Hyundai concorreria por aqui.
Dá até para dizer que, por mais que tenha design ousado, o Venue é mais agradável que o novo Creta. A carroceria é quadrada, com elementos na cor branca e conjunto óptico dividido em duas peças, com os faróis principais envolvidos por um aro de led. O teto flutuante, que acompanha a coluna C, chama bastante atenção mas as barras longitudinais de plástico no teto são meros enfeites.
O interior é simplista, com painel inteiriço de plástico rígido com peças de dois tons. A central multimídia de 8 polegadas com Apple Carplay e Android Auto ganha destaque no painel, assim como o console central bem inclinado em relação à manopla do câmbio. O ar-condicionado automático tem uma zona, como o do Creta, mas com a vantagem de oferecer saídas para os bancos traseiros.
O principal motor do modelo, pelo menos nos EUA, é o conhecido 1.6 16V da família Gamma II, amplamente utilizado pela Hyundai e pela Kia no Brasil, mas em versão atualizada com melhor gerenciamento térmico e sistema de injeção direta e indireta. A Hyundai divulga potência de 122 cv e torque de 15,6 kgfm. A grande diferença está no câmbio, um CVT.
Há movimentações que colocam o Brasil no horizonte do modelo, mas resta saber se o aumento da capacidade produtiva da fábrica de Piracicaba (SP) de 180.000 para 210.000 carros por ano será suficiente para segurar a demanda por sua produção no país. Ou seria mero devaneio nosso?
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