Mercedes-AMG EQE SUV tem quase 700 cv, mas autonomia é menor

Pudemos dar uma espiada no Mercedes EQE SUV um pouco antes do seu lançamento graças a um vazamento de fotos vindo da China. Porém, quem conseguiu ser mantido em segredo até a hora certa foi a sua versão especialmente preparada pela AMG.

O Mercedes-AMG EQE SUV tem duas versões com ganho de potência condizente com a preparadora. Mas não é só isso: o utilitário também teve alguns detalhes estéticos e mecânicos retrabalhados para ficar mais de acordo com a esportividade.

A grade, por exemplo, foi mudada. Ela segue fechada, como na maioria dos elétricos, porém, troca o pontilhado da versão comum por barras verticais, a famosa grade panamericana. Foi adicionado também um pequeno símbolo da AMG no capô, substituindo a estrela da Mercedes.

As rodas têm desenho diferente das que apareceram no modelo chinês vazado, com maior número de raios. Já na traseira, tudo segue exatamente igual. Algumas partes, como os para-lamas, foram pintadas na cor do veículo. No geral, exceto pela grade e as rodas, não houve mudanças significativas.

Por dentro o acabamento é feito com material tipo couro e microfibra, enquanto couro Nappa é oferecido como um opcional pago. O mesmo vale para o acabamento em carbono e a Hyperscreen, um conjunto de três telas que soma 1,41 m de display e ocupa todo o painel do modelo. O diferencial fica por conta do volante AMG Performance, que oferece mais botões, alavancas e até telas para ajudar a controlar as funções do carro.

Aparentemente, a AMG economizou no design para focar na mecânica. Na variante mais simples, a 43 4MATIC, o EQE segue com o mesmo par de motores da sua versão padrão. O conjunto tem ao todo 482 cv e 87,5 kgfm. 

Isso significa que, comparado ao EQE SUV 500, o modelo não-AMG mais potente apresentado, ele tem um ganho de 68 cv e mantém-se com a mesma quantidade de torque, que também é enviado para as quatro rodas. Nessa configuração, o SUV da AMG pode fazer de 0 a 100 km/h em 4,3 s e alcançar a máxima de 210 km/h. 

Já a versão 53 4MATIC+ eleva a esportividade para outro nível. Ela ganha novos motores especialmente feitos pela AMG, que trazem ajustes como enrolamentos adaptados, diferentes laminações, correntes mais altas, inversores adaptados, refrigeração própria da montadora e trocador de calor de óleo de transmissão, indispensáveis já que houve um belo ganho de potência.

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São 634 cv e incríveis 96,8 kgfm, que aumentam a velocidade máxima do EQE SUV para 220 km/h. Mas não é só isso: essa versão tem como opcional o pacote AMG Dynamic Plus, que adiciona os modos “Boost” e “Race Start”.

Dependendo da temperatura e do estado de carga da bateria, esses modos podem elevar a potência do 53 4MATIC+ para 697 cv e o torque para 102 kgfm. Consequentemente, a aceleração melhora, chegando aos 100 km/h em apenas 3,5 s, assim como a velocidade máxima que sobe para 240 km/h. Com esses números, o SUV se coloca em pé de igualdade com o rival BMW iX M60. E é mais rápido que um AMG GT R.

Como exclusividade, o EQE 53 também traz o AMG Active Ride Control. Através de um atuador eletromecânico, esse sistema pode acoplar e desacoplar as barras estabilizadoras automaticamente, dependendo da condição do asfalto.

Mecanicamente, as duas versões AMG trazem de fábrica esterçamento do eixo traseiro, suspensão pneumática AMG Ride Control+, rodas de 21’’ (20’’ e 22’’ são opcionais). Para parar os 2.600 kg do EQE, são usados pinças de freio de seis pistões e discos de 415 × 33 mm na frente, enquanto a traseira tem pinças de um pistão e discos de 378 × 22 mm.

Se potência não falta, por outro lado, o alcance deixa a desejar. Usando a bateria de 90,6 kWh, a mesma dos outros modelos da família EQE, a versão AMG 43 fica entre os 431 km e 488 km de alcance no ciclo WLTP. Já o 53 é ainda pior, com estimativa de 375 km a 470 km, muito pior do que os 590 km da EQE 350+, a versão mais básica do SUV e com maior alcance.

Assim como a versão padrão, o Mercedes-AMG EQE SUV não teve os preços de suas versões divulgados. Já a produção será feita, também, em Tuscaloosa, no estado americano do Alabama, com as primeiras entregas começando já no começo de 2023.