Sabe aquela fumaça preta e aquele cheiro forte de diesel? A Daimler quer que isso se transforme em passado nas próximas duas décadas.
A fabricante alemã está empenhada para vender apenas veículos livres de emissões de CO2 na América do Norte, Japão e Europa a partir de 2039 e demonstra seus esforços com o Mercedes-Benz GenH2, um caminhão movido apenas por motores elétricos que, por sua vez, são alimentado por células de hidrogênio.
A eletricidade é gerada pela reação do hidrogênio com o oxigênio, que tem a água como subproduto. E é só água que os veículos movidos a células de hidrogênio emitem. O sistema utilizado pela Daimler, por sinal, vem sendo desenvolvido em parceria com a Volvo.
Na visão da empresa, o hidrogênio é a melhor alternativa ao diesel e não é difícil entender o motivo. Os dois motores elétricos do Mercedes GenH2 geram pico de 448 cv e 211,2 kgfm, mas em condições normais despejam 312 cv e 160,8 kgfm, números ainda próximos dos cavalos-mecânicos convencionais.
Se a força está garantida, restava o problema com a autonomia. Os dois tanques de hidrogênio com capacidade para 40 kg do elemento químico em estado líquido, alimentam a célula de 300 kW. Ainda pode ser disponibilizado mais 400 kW graças a uma bateria de 70 kWh (pouco maior que a de um automóvel elétrico) para situações onde seja necessário ter ainda mais energia disponível. Essa combinação garante autonomia para uma viagem de 1.000 km.
O Mercedes GenH2, por sinal, não está tão distante de um Mercedes Actros atual. Ele tem PBT de 40 toneladas, o que resultaria em capacidade de carga útil de 25 toneladas.
Vale ressaltar que a Mercedes não abriu mão de ter caminhões elétricos. O protótipo Mercedes eActros Long Haul tem autonomia de 500 km e já está com início da produção marcado para 2024. Chegará às lojas (pelo menos da Europa) antes da versão de produção do GenH2, previsto para a segunda metade da década.
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