A geração mais recente do Nissan Sentra estreou na China em 2019 mas só será lançada no Brasil em março. Essa demora criou uma situação estranha: o sedã médio ganhou uma atualização de meia vida no país asiático antes mesmo do início das vendas por aqui.
Trata-se de um dos carros mais importantes da Nissan na China, onde é conhecido como Sylphy e é fabricado pela parceria da Nissan com a fabricante local Dongfeng.
Essa atualização visual contempla novos faróis de led. Por conta das alterações nas luzes, as linhas da grade ficaram mais largas e o para-choque também foi redesenhado. Ainda assim, há grades diferentes para as versões com motor a gasolina e a versão híbrida.
Na traseira, a receita é a mesma, com novas lanternas e para-choque, que por ser mais saliente acabou por aumentar o comprimento do novo Sentra. Novas rodas e cores para a carroveria também estão disponíveis e, como antes, o teto pintado de preto é opcional.
Na cabine, algumas novidades. Chama a atenção a iluminação ambiente com fibra ótica e leds no console e nas portas. Mas a grande novidade é a central multimídia com tela horizontal de 12,3 polegadas com alguns botões físicos.
Na China, a versão de entrada tem o motor 1.6 aspirado HR16 (mesmo do Kicks e do Versa vendidos no Brasil) em versão com 135 cv e 16 kgfm. Já a versão híbrida é movida por um motor elétrico dianteiro de 136 cv e 31 kgfm de torque, cuja energia é gerada por um motor 1.2 turbo a gasolina que tem a função de gerador. Essa diferença impacta na velocidade máxima: o primeiro chega aos 186 km/h e o segundo não passa dos 165 km/h.
O Nissan Sentra 2023 será lançado no Brasil com motor mais potente, um 2.0 a gasolina com injeção direta que gera com 151 cv e 20 kgfm. O pico de potência está a 6.000 rpm, enquanto o pico de torque vem a 4.000 rpm — fatores que ajudam a explicar números de consumo pouco agradáveis de 11 km/l na estrada e 9 km/l na cidade.