Nova Ferrari Roma Spider resgata teto de lona e mantém desempenho do cupê
Designers da Ferrari se esforçaram para fazer a primeira capota de tecido em um carro com motor traseiro em mais de 50 anos
A nova Ferrari Roma Spider é mais do que uma versão conversível do esportivo. Ela também marca a volta do teto dobrável de tecido aos seus carros com motor dianteiro, o que não se repetia desde a Ferrari 365 GTS4 de 1969. Mas isso é um mero detalhe histórico.
A Ferrari tem muitos argumentos para não usar um teto rígido retrátil desta vez. O primeiro deles é a possibilidade de personalização e de variação de cores que podem ser utilizadas na capota, que tem cinco camadas de tecidos que também têm tecnologia ligada à impermeabilização e aos contornos que assumem no carro.
A fabricante italiana também destaca que o teto de tecido foi providencial para que a Roma Spider seja o conversível mais leve do seu segmento, em combinação com o chassi de alumínio. É apenas 84 kg mais pesado que a Roma convencional, que tem exatamente o mesmo desempenho.
Além disso, sua capota tem funcionamento mais rápido. Abertura e fechamento são feitos em 13,5 segundos e podem ser feitos a até 60 km/h. Também é mais compacta, roubando menos espaço do porta-malas.
O conforto a bordo em altas velocidades é garantido por um defletor com design patenteado integrado ao encosto dos bancos traseiros (afinal, trata-se de um 2+2) e que é ativado por um botão no console central.
Uma coisa que a Ferrari fez questão de reforçar durante a apresentação do carro foi a preocupação com o design da capota, que não poderia comprometer a elegância e a fluidez das linhas do teto das versões fechadas. Para isso, tiveram que repensar o desenho da janela traseira, que é acomodada por baixo da capota traseira quando o teto está recolhido. Um spoiler traseiro móvel com maior amplitude de funcionamento ajuda a compensar o efeito do teto na aerodinâmica.
No mais, este conversível é uma Ferrari Roma em sua essência. O painel é envolvente e tem quadro de instrumentos digital, além de uma central multimídia de 8,4 polegadas em posição vertical já compatível com Android Auto e Apple Carplay sem fio.
Opcional é a tela de 8,8 polegadas dedicada ao passageiro, que pode acompanhar dados de performance e controlar funções do ar-condicionado e do sistema de som, por exemplo. O sistema de aquecimento para o pescoço dos passageiros também é vendido à parte.
Não parece, mas o volante da Roma Spider é um pouco diferente. Isso porque a fabricante aplicou relevos aos comandos sensíveis ao toque para facilitar seu uso, enquanto o botão de partida agora tem iluminação vermelha.
O motor é o V8 3.9 Biturbo de 620 cv e 77.5 kgfm, que combinado com o câmbio de dupla embreagem de oito marchas leva a nova Ferrari aos 100 km/h em 3,4 segundos. A velocidade máxima é de 320 km/h.
Uma coisa invejável é o programa de manutenção de sete anos da Ferrari, que abrange toda a manutenção de rotina durante os primeiros sete anos de vida
do carro. Os serviços são feitos anualmente ou a cada 20.000 km por técnicos treinados em Maranello e está disponível no mundo inteiro.