Atenção, puristas: pela primeira vez na história o BMW M5 terá tração nas quatro rodas. Além disso, o câmbio automatizado de dupla embreagem dará lugar a um automático convencional – como a BMW já prometia. É o fim do mundo? Não…
Esta nova geração do M5 estreia o novo sistema de tração chamado “M xDrive”. Ela tem três modos de atuação: tração distribuída entre as quatro rodas, tração nas quatro rodas com prioridade ao eixo traseiro e moto que envia 100% da tração para as rodas traseiras.
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A diferença é que para fazer drift, grancho (opposite lock), borrachão e outras manobras que os amantes da tração traseira gostam será necessário selecionar o modo 2WD no seletor. Veja pelo lado positivo: nos Mercedes-AMG E63, que usa tração integral permanente, isso não pode ser feito.
Por outro lado, o câmbio de dupla embreagem (DCT) sai de cena em favor de um automático com conversor de torque. Como a própria BMW defende, trata-se da tecnologia que hoje é mais capaz de dirigir uma montanha de torque e potência sem que sua durabilidade seja comprometida.
A BMW recorreu ao ZF de oito marchas já utilizado nos X5 M e X6 M com a denominação M Steptronic. Fala-se em modificações que a deixou mais rápida e eficiente para o novo M5. Ela estaria mais rápida, inclusive, que o antigo câmbio DCT, permitindo também um rodar mais confortável em situações normais.
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O grande culpado pelas mudanças técnicas na sexta geração do M5 pode ser o motor: um V8 4.4 biturbo com potência ao redor dos 600 cv e 72 mkgf de torque máximo. Faz algum tempo que mesmo fabricantes que defendem a tração traseira estão encontrando problemas para controlar tanta potência nas rodas traseiras.
A eletrônica ajudou muito até agora, mas a BMW teve recuar em suas ideologias, sem deixar na mão os puristas que fazem questão de saídas de traseira controláveis. O novo M5 será lançado oficialmente no Salão de Frankfurt, em setembro.