Novo BMW Série 1 dá fôlego aos hatches, muda nome e perde câmbio manual
Modelo de entrada é o primeiro da BMW a perder a letra 'i' nas versões a gasolina e chega à sua quarta geração apenas com câmbio automático
Além de não desistir das peruas, a BMW também mantém vivo o segmento dos hatches: o novo Série 1 foi lançado. Apesar da montadora descrevê-lo como totalmente novo, o modelo de entrada foi feito sobre as mesma base da geração anterior, ganhando novidades profundas por dentro e por fora, na tecnologia e até no nome.
Para não gerar confusão, a BMW está excluindo a letra ‘i’ do nome dos seus carros a gasolina, deixando-a exclusivamente para os modelos elétricos. E o Série 1 será o primeiro modelo a seguir essa nova regra.
A mais barata da linha é a 118d, equipada com motor 2.0 turbodiesel de 150 cv e 36,7 kgfm, que pode ir de 0 a 100 em 8,3 s, segundo a marca. Acima dela temos as versões intermediárias e ganham assistência híbrida leve de 48 volts. A primeira, chamada de 120d, também tem motor 2.0 turbodiesel, mas que gera 163 cv e 40,8 kgfm. Com o motor mais potente, o tempo de 0 a 100 km/h melhora para 7,9 s.
A primeira versão a gasolina, agora chamada apenas de 120 — já que o ‘i’ foi retirado — tem motor 1.5 turbo de três cilindros com 170 cv e 28,6 kgfm. Apesar da potência maior, o tempo de 0 a 100 km/h é de 7,8 s, praticamente o mesmo da versão 120d.
A topo de linha, como de costume, é a M135 xDrive. Com apelo esportivo, ela recebe o motor 2.0 turbo de quatro cilindros com 300 cv e 40,8 kgfm. Essa potência é válida apenas na Europa, já que em outros mercados — com exceção da América do Norte, onde o Série 1 não será vendido — o valor sobe para 316 cv. O hot hatch pode ir de 0 a 100 km/h em 4,9 s e chegar até 255 km/h.
O câmbio, independente da versão, é sempre automático de sete marchas, não havendo nenhuma opção manual.
Em questão de design, o Série 1 ganhou um nova grade, com formato semelhante, mas menor e mais estreita, e com aletas verticais e diagonais. As entradas de ar no para-choque também estão mais discretas, enquanto os faróis Full LED mantiveram o desenho, mas também ficaram mais finos e ganharam o DLRs em forma de L invertido.
As lanternas têm formato bastante semelhante ao visto no modelo anterior, mas são novas, com destaque para a “quebra” na parte inferior das peças. Assim como na dianteira, a iluminação tem dois pares de luzes em destaque. A versão M135 ainda recebe dois pares de saídas de escape.
Como dito há pouco, o Série 1 ficou ligeiramente mais alto e maior, mas a distância entre-eixos, por exemplo, se manteve a mesma. O hatch tem 4,36 m de comprimento (42 mm maior que a geração anterior), 1,80 m de largura, 1,46 m de altura (25 mm maior) e 2,67 de distância entre-eixos.
Por dentro, a BMW atualizou seu modelo de entrada de acordo com o restante da linha. A central multimídia, com sistema Google Integrado, tem 10,7’’ e está integrada ao quadro de instrumentos digital de 10,5’’ em um conjunto curvo. Boa parte dos botões do painel foram retirados, fazendo com que a maioria dos controles sejam acessados pela própria tela da multimídia.
Já o acabamento, de fábrica, é feito de tecido Arktur. Há ainda itens como ar-condicionado digital de duas zonas, carregador sem fio para celulares e iluminação ambiente. Como opcional, os clientes podem equipar a cabine com teto solar panorâmico, sistema de som Harman Kardon e um head-up display.
As versões comuns ainda poderão receber o pacote M Package, que adiciona suspensão adaptativa, freios mais robustos, direção progressiva e borboletas para troca de marcha no volante. Tudo isso, vem de fábrica na versão M135, assim como o visual exclusivo com peças da divisão M.
As vendas do novo M1 começam no mês de outubro na Europa. O preço base varia dos 39.000 euros, aproximadamente R$ 224.110, para a versão mais básica até 61.000 euros para a topo de linha, algo em torno dos R$ 350.500. Não há previsão de lançamento do modelo no mercado brasileiro.