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Novo Fiat que homenageia a Itália é proibido no país por não ser italiano

Depois da Alfa Romeo, é a vez do Fiat Topolino ser barrado no país de sua fabricante por ostentar os símbolos nacionais mas se produzido no exterior

Por Lucas Parente
Atualizado em 24 Maio 2024, 10h20 - Publicado em 24 Maio 2024, 09h00
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  • O Fiat Topolino é o “carrinho” feito para deslocamentos urbanos que, na verdade, é um Citroën Ami adaptado ao estilo italiano. Não bastasse isso, o Topolino é fabricado em Marrocos e, por ser um “italiano fake”, foi impedido de entrar no país europeu que deu origem à sua própria fabricante.

    Na Itália, a lei em relação ao que é produzido dentro ou fora do país é levado muito a sério. Portanto, se o carro ou qualquer tipo de produto é feito fora da Itália, é proibido de carregar o nome, bandeira ou qualquer símbolo ao ser vendido no país. A Stellantis passou recentemente por um problema parecido com a Alfa Romeo, pois teve que alterar o nome do seu primeiro carro elétrico de Milano para Junior, por conta dele ser produzido na Polônia.

    Fiat Topolino
    Fiat Topolino (Divulgação/Fiat)

    No total, foram apreendidos 134 Topolino no porto de Livorno, na Toscana, segundo o jornal La Repubblica. O periódico ainda cita certo descaso das autoridades italianas quanto à homenagem feita pela própria Fiat, que inseriu elementos das praias locais em diversos itens de design: “eles não são italianos, não podem exibir o tricolor (bandeira da Itália) do seu lado, violam a lei”.

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    O pequeno Fiat Topolino é produzido do outro lado do Mediterrâneo, em solo marroquino, como estratégia financeira da Stellantis, pensando na redução de gastos. A montadora já afirmou que essa ação reduz em milhares de euros o preço dos seus carros, principalmente por conta dos menores salários pagos aos africanos.

    Versão conversível do Fiat Topolino
    Versão conversível do Fiat Topolino (Divulgação/Fiat)

    O CEO da Stellantis, Carlos Tavares, tem sido inflexível em relação a produção de carros fora da Itália ou outro país do qual o modelo em questão será vendido. Ele afirma que esta estratégia evita os riscos de perda de mercado para os modelos elétricos chineses. O governo italiano, é claro, se opôs a essa estratégia. A Itália guarda zelosamente a marca “Made in Italy”, que é concebida apenas para produtos desenvolvidos, fabricados e embalados no país.

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    Essa marca, por assim dizer, é levada tão a séria que existe até uma área específica do governo que supervisionar às infrações contra o país, bem como um feriado nacional celebrado no aniversário de Leonardo da Vinci, no dia 15 de abril. Mas um motivo bem menos simbólico também é o fato do governo italiano ter investido milhões de euros na Stellantis em forma de renúncias de receita a fim da montadora manter a produção no país e evitar demitir trabalhadores.

    Porta-malas dá lugar a uma mala estilosa
    Porta-malas dá lugar a uma mala estilosa (Divulgação/Fiat)

    A Stellantis nega ter violado qualquer lei e afirma que irá retirar os adesivos tricolores dos pequenos Topolinos para que eles possam entrar no país de forma legal. Talvez essa estratégia do governo italiano não seja muito eficaz, já que, provavelmente, os italianos que adquirem os modelos colocarão novamente os adesivos no carro.

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