Atenção observadores mais atentos: a missão de descobrir as mudanças visuais do Mercedes Classe A para 2023 é muito difícil, especialmente sem o modelo antigo do lado para poder comparar.
Tanto o hatch quanto a versão sedã, que segue à venda apesar de não ter feito o sucesso esperado, receberam uma nova grade dianteira com um padrão de estrelas em sua trama. Também escalaram novas rodas, novo difusor no para-choque traseiro e faróis de led de série em todas as versões — o que já era uma realidade no Brasil.
Por dentro estão mantidas as telas de 7 polegadas para o quadro de instrumentos e 10,25 polegadas para a central multimídia, podendo ambas terem este mesmo tamanho. Muda o software, porém, para um mais intuitivo e capaz de aprender padrões do usuário, algo já disponível em Mercedes lançados recentemente.
O sensor de impressão digital para reconhecimento do motorista, porém, é uma novidade absoluta do novo Mercedes Classe A. É por meio do reconhecimento biométrico que o carro autoriza a partida e ajusta suas configurações para o gosto do usuário.
O que realmente muda é o volante, com braços horizontais duplos, revestidos de couro. Mas agora há opção de materiais recicláveis de 65 a 100% para o revestimento de toda a cabine.
A lista de equipamentos de série foi reforçada, pelo menos para mercados onde câmera de ré e mais do que duas portas USB não faziam parte do pacote básico. O banco do motorista ainda ganhou ajuste lombar de série.
Há evoluções, também, no assistente de permanência em faixa, que estaria mais natural, e no sistema de estacionamento automático que passa a aceitar vagas longitudinais.
Quanto aos motores, agora todas as opções têm algum nível de eletrificação, independente de usarem os câmbios de dupla embreagem com sete ou oito marchas. Esse auxílio é de um sistema híbrido leve, um motor/gerador de 48V capaz de contribuir com 14 cv extras em determinadas situações para aumentar a eficiência ou até mesmo para manter a velocidade constante enquanto o motor a combustão é desligado.
Versões híbridas plug-in têm a disposição uma bateria de 10,7 kWh que teria aumentado a autonomia elétrica para além dos 72 km anteriores, mas sem especificarem o novo alcance. Neste caso a potência do motor elétrico aumentou de 102 cv para 109 cv.
Em resumo, os motores disponíveis são o quatro-cilindros 1.3 em versões de 136 cv (A 180) ou 163 cv (A 200), o 2.0 com 190 cv (A 220) ou 224 cv (A 250 4MATIC), e o A 250, híbrido plug-in, conserva os 218 cv.
Família AMG também evolui
A linha AMG dos Classe A continua sendo representada pelos A35 4MATIC (sedã e hatch, com 306 cv) e A45 S 4MATIC (apenas o hatch, com 421 cv), que podem se diferenciar pelo desenho de algumas novas rodas, nova base do para-choque e pelas lanternas traseiras redesenhadas.
Por dentro, o volante AMG Performance passa a ser sempre de série, com a vantagem de dispor de botões para controlar os três modos de funcionamento do controleo de estabilidade (ESP) e o programa de melhoria de comportamento AMG Dynamics sem que o motorista tenha que retirar as suas mãos do volante.
Estes propulsores passam a estar também equipados com o sistema híbrido leve e o 35 4MATIC trocou a caixa automática de sete velocidades pela de oito que já servia a versão mais potente.