Novo Mitsubishi ASX é clone do Renault Captur e terá 4 opções híbridas
Os dois modelos tem design idêntico e compartilham mesma plataforma, mas o ASX oferece cinco opções de motorizações, sendo quatro eletrificadas
Depois que formaram a Aliança, Nissan, Renault e Mitsubishi confirmaram que iriam compartilhar suas tecnologias e passaríamos a ter veículos mais parecidos entre as marcas. E o lançamento do novo Mitsubishi ASX eleva isso ao extremo.
É como se estivéssemos vendo o Renault Captur de segunda geração, com quem divide a plataforma CMF-B, com o logo da marca japonesa. Eles têm exatamente o mesmo capô cheio de vincos, mesmo farol em forma de C, mesmo desenho para as rodas, mesma traseira e por aí vai.
Para não sermos injustos, a grade muda, mas é pouco. Ela troca os frisos horizontais do Captur por barras mais verticais em forma de seta.
As mudanças também afetaram o tamanho do SUV. A única medida que aumentou foi a largura, ganhando 3 cm e totalizando 1,80 m. No mais, o ASX perdeu cerca de 13 centímetros no comprimento e 9 cm na altura, chegando a 4,23 m e 1,54 m. Já a distância entre-eixos é de 2,63 m.
A maior redução foi no porta-malas, que perdeu cerca de 83 litros. Nessa nova geração, a capacidade máxima pode chegar aos 397 litros.
O mais interessante do novo ASX está na suas opções de motorização. São cinco no total, sendo duas híbridas leves, uma híbrida convencional, uma plug-in e outra totalmente a combustão. Ficou faltando apenas uma variante elétrica para completar o conjunto.
A com menor potência e mais básica será a com motor 1.0 turbo. Nessa configuração, o ASX terá 92 cv e 16,31 kgfm e câmbio manual de seis marchas.
Na sequência, vem as duas configurações híbridas-leves, ambas com motor 1.3. A mais potente chega aos 158 cv e 27,5 kgfm e tem câmbio automático de sete marchas com dupla embreagem. Enquanto a mais básica tem 139 cv e 26,5 kgfm e a sua transmissão é a mesma da versão 1.0.
Na versão híbrida plena, o motor a combustão funciona como gerador para a bateria de 1,3 kWh na maior parte do tempo e só traciona o carro em altas velocidades. Ela está equipada com um quatro cilindros 1.6 de 142 cv e 15 kgfm de torque. Ela pode ser menos potente e forte que as híbridas leve, mas deverá oferecer maior economia, em compensação.
Por fim, a versão híbrida plug-in traz o mesmo motor 1.6, mas está integrado a um sistema elétrico com bateria de 10,5 kWh. Essa é a versão mais potente e oferece 162 cv e 14,68 kgfm, além de uma autonomia elétrica entre 47 e 49 km, segundo a Mitsubishi.
E não é só no motor que as versões se diferem, o acabamento interno também será bem diferente entre elas. As configurações mais básicas terão painel de instrumentos analógico, com uma pequena tela de 4,2’’ entre os mostradores. A central multimídia será horizontal e terá 7’’.
As versões mais caras poderão ter uma tela digital de 7’’ ou de 10,25’’ para o painel de instrumentos. Essas também receberão um upgrade na central de infoentretenimento, que passará a ser vertical de 9,3’’ e com conexão wireless para smartphones.
Pelo menos na segurança, todas as variantes virão de fábricas com itens interessantes, como assistência de frenagem de emergência, aviso de saída de faixa, reconhecimento de sinais de trânsito e assistência de estacionamento.
As intermediárias receberão também assistência de ponto cego, aviso de saída de faixa ativa e alerta de velocidade. Já a topo de linha terá assistentes de condução como controle de cruzeiro adaptativo e assistência ativa na faixa de rodagem.
Sem preços divulgados, o ASX não tem qualquer projeção de ser vendido fora da Europa. Por aqui, a geração passada mudou de nome em 2020 e virou Outlander Sport, que deixou de ser produzido na fábrica de Catalão, em Goiás, por não se adequar às normas do Proconve L7.