Novo Nissan Sentra abandona jeito de tiozão e fica mais refinado
Entramos na oitava geração do sedã no Salão de Los Angeles. Ele também está mais potente e deve chegar ao Brasil no fim de 2020
Talvez agora, depois de anos tentando se afastar da imagem de “carro de tiozão”, o Nissan Sentra finalmente conseguirá ter sucesso em sua missão.
O sedã é a grande novidade da marca no Salão de Los Angeles (Estados Unidos), que QUATRO RODAS cobre in loco.
Ganha ainda mais relevância por ser o carro mais vendido da marca nos Estados Unidos e, em nosso caso específico, por ser um modelo estratégico para o fabricante também no Brasil.
Por fora e por dentro o sedã médio guarda grandes semelhanças com o Sylphy, seu equivalente chinês.
Mas isso era inevitável: ele apenas passa a acompanhar a mesma linguagem de design dos novos Maxima, Altima e Versa – este, por enquanto, o único dos novos sedãs da Nissan já confirmado para o Brasil.
Para nós, brasileiros, a estreia do motor 2.0 atualizado, de 151 cv e 20 mkgf, não chama tanta atenção. A geração anterior sempre teve motor 2.0 de 140 cv no Brasil, enquanto nos Estados Unidos seu motor era o 1.8 de 132 cv.
O câmbio CVT foi atualizado para casar com o novo motor, mas segue sem opções de trocas sequenciais.
Outra mudança técnica importante foi a troca da suspensão traseira por eixo de torção por um conjunto independente multilink.
Por dentro houve uma revolução. Boa parte do novo painel está revestida de couro sintético e materiais de toque macio.
As novas centrais multimídia (há uma de sete e outra de oito polegadas) ficam em destaque no topo do painel e são compatíveis com Android Auto e Apple Carplay.
Abaixo delas ficam as novas saídas de ar, agora redondas como num Mercedes-Benz Classe A Sedan ou num Audi A3 Sedan.
O volante é o mesmo do Kicks e pode ser ajustado em altura e profundidade. O novo quadro de instrumentos tem tela colorida de 4,2 polegadas – menor do que aquela disponível no nosso SUV compacto.
Atrás, o espaço continua bom. O assento é confortável e está no limite para que um passageiro com 1,80 metro de altura não corra o risco de bater a cabeça no teto.
As dimensões mudaram pouco, mas a distância entre eixos cresceu em 1,2 cm, para 2,712 m.
Entre os novos equipamentos, destaque para o piloto automático adaptativo e o monitor de pontos cegos. Há ainda câmera de visão 360°, alerta de mudança de faixa, 10 airbags e frenagem autônoma de emergência.
Fabricado no México, o novo Sentra começa a ser vendido nos Estados Unidos no início de 2020. É grande a possibilidade de ele desembarcar no Brasil meses depois.