Novo SUV Talagon tem motor VR6 e é o maior carro já feito pela Volkswagen
Na semana em que o ID.6 roubou as atenções, outro SUV da Volkswagen precisou bater recordes para ser notado no Salão de Xangai
Após certo suspense e especulação, o inédito Volkswagen Talagon foi apresentado ao público no Salão de Xangai. Desenvolvido na China, o SUV prometia dimensões avantajadas e bom desempenho. Suas qualidades, entretanto, foram além do imaginado.
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Com todos os segredos à mostra, o novo Talagon passa a ser o maior carro produzido pela Volkswagen no mundo, superando modelos como Atlas e Phideon. E se o motor 2.0 anunciado previamente já agradava, a surpresa aumentou por conta da versão de topo do gigante, que será vendida com um VR6 2.5.
Construído sobre a onipresente plataforma MQB, é notável a semelhança do Talagon com o conceito SMV, que serviu de base para seu desenvolvimento. Não há grande ousadia em termos estéticos e, de frente, o modelo chega a lembrar o irmão menor Taos, prestes a ser lançado no Brasil.
A traseira também é coerente com o resto da linha Volkswagen e vem com extensa lanterna horizontal de uma ponta a outra do porta-malas. Ao contrário de modelos como o T-Cross, entretanto, não há máscara negra sobre as luzes.
Lateralmente, o Talagon é um pouco mais ousado, com as colunas B e C enegrecidas criando o aspecto de teto flutuante. A decoração é completada por frisos cromados que vão do capô à traseira do carro que, de tão grande, faz parecerem pequenas suas rodas de aro 21’’.
Não é à toa que o novo SUV se destaca por suas dimensões: são nada menos que 515,2 cm de comprimento, 200,2 cm de largura, 179,5 cm de altura e 298 cm de entre-eixos. Isso significa que, uma vez à venda, o Talagon será o maior carro da Volkswagen em produção no mundo, superando com folga outros modelos.
Por não ser elétrico e, portanto, não ter um enorme conjunto de baterias, o Talagon consegue ser mais leve que o novo ID.6, pesando cerca de 2.160 kg — quase 700 kg a menos que o SUV elétrico de sete lugares que a montadora apresentou na semana passada. Ele também é mais veloz, indo bem além dos 200 km/h (contra 160 km/h de máxima do ID.6).
Até para evitar concorrência interna, o utilitário gigante contará com três opções de motores, todos sem hibridização. A básica chega aos 186 cv enquanto a intermediária, com turbocompressor, oferece 223 cv de potência e 35,6 kgfm de torque. Há tração nas quatro rodas e transmissão automatizada com dupla embreagem e sete velocidades, contribuindo para o impressionante consumo de 13,8 km/l na estrada.
O destaque, entretanto, fica por conta do motor 2.5 em configuração VR6: a unidade atinge bons 299 cv de potência e 50,9 kgfm de torque, aliados à mesma transmissão automática e sistema 4Motion dos modelos mais básicos.
O interior do Talagon também faz bonito e abusa do couro no acabamento e estofamento dos bancos, microperfurado a fim de favorecer a ventilação. A segunda fileira é digna de classe executiva, com encostos especiais para a cabeça e sistema pneumático de massagem, com nove configurações distintas.
Ao mesmo tempo, há central multimídia de 12’’ e quadro de instrumentos de 10,25’’, dispostos em profundidade diferentes. Completando a navegação, o carro tem head-up display, auxílios de segurança e cruzeiro, conexão à internet e nove portas USB, (quatro delas em padrão Type-C) além de carregador de celular sem fio, por indução.
A cabine recebeu assinatura visual bem ousada, que costuma agradar o público chinês mas pode soar exagerada ao mercado brasileiro. São 14 luzes que podem projetar até 30 cores diferentes na cabine.
Um extenso teto solar é opcional assim como a configuração de seis assentos, na qual a segunda fileira passa a contar com duas poltronas do tipo ‘capitão’.
Ofuscado pelo lançamento de modelos como o ID.6 e novo Polo, o Volkswagen Talagon chegou de manso mas representa um novo patamar na oferta de SUVs da montadora de Wolfsburg.
A princípio, o modelo será vendido apenas na China, fabricado em parceria com a FAW. Se depender dos elogios recebidos, entretanto, é questão de tempo para que ele seja lançado nos mercados ocidentais.
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