As coisas realmente são muito diferentes na Tesla. Após oito anos, tempo de uma geração para modelos “normais”, o sedã elétrico ganhou uma profunda atualização. E algumas das novidades fogem à regra do que é normal em automóveis.
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Para identificar o que é novo é preciso atentar para o para-choque dianteiro mais volumoso, para as novas rodas aro 19 com acabamento bicolor e para o para-choque traseiro com novo difusor. Por fora, é só isso mesmo.
Foi na mecânica e no interior do Model S que a empresa de Elon Musk gastou mais horas de trabalho. Se agora há versões com até 1.100 cv, o painel foi quase que completamente redesenhado.
A enorme tela vertical agora tem disposição horizontal, o que pode vir a favorecer o uso de funções de entretenimento, como a reprodução de filmes na Netflix. O tamanho, porém, ainda é de 17 polegadas.
O que mais chama atenção, porém, é o volante cortado, que lembra manches de aviões para uns ou o volante dos carros de Fórmula 1 para outros. E é só o volante com dois botões giratórios, mesmo, que se alternam entre as inúmeras funções do carro e para os comandos da central multimídia.
Cadê a alavanca de câmbio?
Se por um lado mantiveram o quadro de instrumentos (que não existe nos Model 3 e Model Y), o mesmo não aconteceu com a alavanca de câmbio, que era uma haste emprestada pelos Mercedes.
Não há seletor, alavanca ou botão giratório. De acordo com Elon Musk, o Model S simplesmente saberá o que o motorista quer fazer, de acordo com a forma como o carro interpreta o que está acontecendo ao redor. E se o carro errar será necessário acessar um submenu na central multimídia.
Musk diz que esse poder de vidência poderá ser desligado. E aí o único jeito de mudar o sentido para onde o carro irá seria na tela. Tanto isso como o volante podem dificultar a homologação do Model S em alguns mercados. Não à toa, o volante convencional é opcional.
Se tudo isso parece ser mais uma estratégia de marketing do que algo mais efetivo, vale dizer que agora quem viajar no banco traseiro terá a disposição uma tela independente capaz de rodar os jogos mais recentes.
A Tesla fala em uma capacidade de processamento de 10 teraflops, o equivalente ao que se tem em um PlayStation 5. Duas portas USB tipo C e porta-objetos também são novidades para quem viaja lá atrás.
Mais potente que carro da F1
Um carro da Mercedes para a temporada 2020 da Fórmula 1 tinha aproximadamente 1.030 cv. O novo Tesla Model S Plaid+ tem 1.100 cv e sua autonomia chega a impressionantes 840 km. Para efeito de comparação, a antiga versão Performance foi substituída pela Plaid, com 1.020 cv e 628 km de autonomia. E mesmo ela é capaz de alcançar os 100 km/h em 2,1 segundos.
A Tesla não diz quanto, mas o Model S Plaid+ é ainda mais rápido. Mas para isso ele precisará seguir na direção certa.
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