Uma semana após ter sua volta ao Brasil confirmada, ainda em sua geração antiga, o Volkswagen Tiguan teve uma geração completamente nova apresentada ao mercado europeu. Além do visual renovado e que se aproxima dos modelos elétricos da marca, o SUV também adota novas motorizações híbridas.
Em sua terceira geração, o Tiguan ganhou inspiração visual no Tayron, SUV chinês da VW, e nos modelos da linha ID. Com isso, o design ficou mais encorpado, com a carroceria alargada, e adotou traços e volumes mais arredondados em relação à geração anterior – que seguirá à venda no Brasil. Isso fez com que o Tiguan deixasse no passado seu aspecto sóbrio e ficasse mais descolado.
Na dianteira, uma faixa de led une os faróis, que estão mais arredondados e se espicham em direção às laterais. Na versão R, o para-choque tem uma grande área central em preto, que simula aberturas para tornar a aparência mais esportiva. A traseira tem lanternas que se unem, com elementos retilíneos.
Nas dimensões, mesmo que o SUV agora seja montado na plataforma MBQ Evo, a mesma usada em Golf, Passat e Audi A3, ele seguirá com a distância entre-eixos da versão antiga, de 2,68 metros.
No interior, as mudanças são drásticas. A cabine passou por uma reformulação total e ganhou ares muito mais modernos e tecnológicos. Parte disso se deve aos traços do painel, com saídas de ar fora do comum, pelo quadro de instrumentos e pela central multimídia de generosas 15 polegadas. O esquema de iluminação também chama a atenção, especialmente na porção à frente do passageiro, com gráficos iluminados.
O Tiguan também recebe botões físicos (no lugar dos sensíveis ao toque) no volante, controles deslizantes de temperatura retroiluminados e uma alavanca de câmbio que libera espaço no console com um controlador giratório (com tela embutida).
Outra grande novidade no novo Tiguan é a motorização. O SUV agora está disponível em duas versões híbridas plug-in, ambas com motor 1.5 turbo e potência combinada de 201 cv ou 272 cv. Ambos possuem motor eTSI e podem fornecer 100 km de autonomia elétrica, graças à bateria que quase dobrou de tamanho em relação a última versão, tendo agora 19,7 kWh.
Completando as versões híbridas, uma versão mais básica com configuração de eletrificação leve e motor 1.5 turbo também estará disponível. O carro usa um pequeno motor elétrico para ajudar no desempenho e na economia de combustível, mas que não traciona o veículo, e possui duas opções de potência: uma com 130 cv e outra de 150 cv.
Há ainda duas versões a combustão não eletrificadas com tração 4×4. Essas são equipadas com mesmo motor do Golf GTI. Se trata do motor EA888 2.0, que pode ter 204 ou 265 cv.
Além disso, tanto nas versões FWD quanto AWD, é oferecido como opcional uma versão da nova configuração de amortecedores adaptativos DCC Pro já vista no Passat. O sistema apresenta amortecedores de duas válvulas para maior conforto e controle, e os motoristas podem ajustar sua faixa de operação usando o seletor de modo de direção do Vehicle Dynamics Manager com antes visto no Golf.